Depois de 30 anos no poder, o PTB deixa a administração de São Caetano com a derrota da candidata Regina Maura Zetone (PTB), com 34,81% dos votos contra 63,35% do rival Paulo Pinheiro (PMDB). Como se previsse o resultado, a governista não apareceu no comitê para acompanhar a apuração junto dos apoiadores, preferindo a companhia dos familiares. No entanto, ao confirmar o saldo negativo, enviou nota oficial por meio da coordenação agradecendo o apoio da militância.

"Fiz desse projeto o sentido da minha vida nos últimos meses. Usei todas as minhas forças, me empenhei como se fosse para manter a vida e a felicidade de um filho", disse a petebista em nota, enfatizando a gratidão pelos amigos e grupo político que estiveram ao seu lado na jornada. "Desejo que o destino da cidade seja o melhor possível e que seu novo governante tenha honestidade, transparência e competência para conduzi-la."

O resultado foi anunciado pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB). "Quem ganha administra, e quem perde fiscaliza. Essa é nossa função a partir de janeiro de 2013", afirmou. "Até 31 de dezembro estou à disposição. Não viajarei e não estarei de férias", prometeu.

O candidato a vice-prefeito Luiz Antônio Cicaroni (PP) também estava no comitê na hora do anúncio. "Infelizmente não tivemos o resultado que gostaríamos, mas sabemos que nosso trabalho e o de vocês foram os melhores possíveis", disse, agradecendo quem estava presente. No entanto, confessou estar desapontado. "Houve incompreensão da população em relação às obras do prefeito", reclamou.

Para Auricchio, a derrota foi uma conjuntura de fatores. "Não podemos deixar de avaliar que há atributos positivos do candidato (Pinheiro), que fazem com que ele tenha saído vencedor. A população reconheceu isso", explicou, lembrando que boatos contra a candidata também influenciaram a derrota, em sua opinião. "Eles (PMDB) fizeram campanha de desconstrução de imagem da Regina", criticou.

Questionado sobre a posição do partido com vitória de Pinheiro, o prefeito disse que não quer interferir. "É um posicionamento exclusivo dos parlamentares que tiverem mandato. A partir de 1º de janeiro não tenho mais mandato."