Duas notícias:

1ª – O Arquivo Público do Estado é, provavelmente, a mais antiga repartição do Estado de São Paulo.

2ª – Mas tem uma falha muito grande: no órgão existe apenas a versão oficial dos fatos. Falta a versão do povo.

José Sebastião Witter, ex-supervisor do arquivo do Estado, em reportagem publicada pelo Jornal da Tarde em 8-4-1980.

Quando o professor Witter deu esta entrevista, o Arquivo do Estado contabilizava cerca de 260 anos – pelo menos desde que se sentiu a falta de uma documentação pública guardada, sistematizada em São Paulo. Publicamos esta fala no nosso primeiro livro, sobre os bairros de São Bernardo (1981).

Desde então, e até mesmo antes, nos acostumamos a pesquisar a documentação guardada não apenas pelo Arquivo do Estado como também pelo Arquivo Municipal de São Paulo (com suas coleções de livros sobre os bairros paulistanos) e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

Mais de 30 anos depois, o Arquivo do Estado – como tudo na vida – evoluiu. Deixou a área da Augusta, na Rua Antônia de Queirós, atravessou o Rio Tietê, chegou à Zona Norte e hoje cresceu, e muito, no seu endereço da Rua Voluntários da Pátria, ao lado do Terminal Tietê.

Reparem as fotos da nova sede. Neste espaço do jardim ergue-se a nova torre, construída especialmente para servir ao Arquivo do Estado, com toda a tecnologia arquivística moderna.

E a observação feita por Witter, mais de 30 anos atrás, vai se diluindo e pode ser sintetizada na coleção de documentos do antigo Deops – documentação oficial, também, mas que encerra nos seus relatórios a versão dos dois lados dos protagonistas de uma história iniciada em 1924 e que termina – felizmente – em 1983: de um lado a repressão, de outro lado as vítimas dos vários regimes que dominaram o País nestes 59 anos.

Do mesmo modo, a revista digital Histórica, publicação do Arquivo Público do Estado de São Paulo, focaliza a documentação localizada na repartição e em outras fontes, inclusive a oral.

É isso o queremos para o conjunto das nossas sete cidades do Grande ABC. Arquivos públicos específicos para os vários poderes, o que significará a não repetição de algumas falhas:

1 – Livros de registros policiais consultados no passado no 1º Distrito Policial de Santo André não estão mais ali – onde foram parar?

2 – Processos dos primeiros anos e décadas do município de São Bernardo não existem mais – e seriam tão importantes que existissem.

3 – Fica mais fácil localizar documentos da Freguesia de São Bernardo (século 19) do que os processos gerados pelo município de São Bernardo (a partir de 1892). Isso porque o Arquivo Público do Estado disponibilizou microfilmes daquela documentação imperial referente à velha Borda do Campo.

LINHA DO TEMPO

Amanhã iniciamos um passeio com vocês nos vários setores do Arquivo Público do Estado. Por hoje, alguns saltos históricos:

1721 – Com o desmembramento dos territórios de São Paulo e Minas Gerais, Rodrigo César de Meneses, capitão-general e governador da capitania paulista, nada encontra em termos de documentação ao assumir o cargo.

1842 – Lei número 20 cria o Arquivo Provincial, que não é instalado.

1892 – Criada a Repartição de Estatística e do Arquivo do Estado. Desde então o Arquivo Público do Estado recebe documentação de origem e natureza bastante diversificadas, proveniente das secretarias de Estado, do Poder Judiciário, de cartórios e municípios, além de acervos de natureza privada, que compõem um riquíssimo acervo para a pesquisa.

1938 – Desmembramento da repartição. Constituiu-se o Departamento de Arquivo do Estado.

2007 – O Arquivo Público do Estado torna-se uma das unidades da Casa Civil, depois de estar subordinado, ao longo de sua história, a diferentes secretarias estaduais.

Diário há 30 anos

Domingo, 27 de maio de 1984 – ano 27, nº 5530

Manchete – Estudo denuncia fim da vegetação na Serra do Mar. O que eram árvores, hoje são troncos secos e enegrecidos pela poluição industrial. Reportagem: Ingrid Bittar Simões e Alberto Murayama (fotos).

Santo André – Jardim Las Vegas, enfim, será regularizado

Movimento Sindical – Denunciado desvio de dinheiro no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André.

Em 27 de maio de...

1939 – Oficializado o nome da Via Anchieta para a estrada de rodagem que o governo do Estado estava construindo entre São Paulo e Santos.

1954 – A antiga Sociedade Italiana de São Bernardo, de 1900, passa a se chamar Associação Ítalo-Brasileira de Beneficência.

1979 – Fundado o Grupo Forja, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema. O teatro como exercício de libertação.

Hoje

- Dia do Profissional Liberal

Santos do dia

- Agostinho de Cantuária. Viveu no século 6. Juntamente com 40 monges, em 597 São Gregório Magno enviou-os como missionários à Inglaterra. Chegou a arcebispo primaz da Inglaterra e consolidou o cristianismo no País, onde morreu no ano 1605.

- Melângela

- Ranulfo

- Bruno de Würzburg

- Fábio

Orquídeas e orquidófilos

Sociedade Orquidófila de Santo André celebra hoje seu 58º aniversário, a partir das 20h, em sua sede, na Rua Guarani, 129. Admir Gianeschi é o atual presidente. E entre os homenageados está Joaquim dos Santos, que tem o seu nome perpetuado no orquidário.

Tradicionalmente, em abril, por ocasião do aniversário da cidade, a Sociedade Orquidófila promove um festival de flores. A entidade foi fundada em 1º-5-1956.

Falecimentos

Santo André

Antonio Rodrigues, 98. Natural de Agudos (SP). Dia 23. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Áurea Lopes dos Santos, 89. Natural de Feira Grande (AL). Dia 23. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Alice Caldas Maradei Simões, 88. Natural de Conceição do Rio Verde (MG). Dia 23. Crematório de Vila Alpina.

Helena Bellon de Oliveira, 86. Natural de Ibaté (SP). Dia 24. Cemitério Municipal de São Carlos.

José Bezerra da Silva, 84. Natural de Caruaru (PE). Dia 23. Memorial Phoenix.

Oswaldo Augusto Rodrigues, 83. Natural de São Paulo (SP). Dia 23. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Aurora Márquez Sianga, 81. Natural de Águas da Prata (SP). Dia 22. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

Antonia Corradi, 96. Natural de Santa Branca (SP). Dia 20. Cemitério de Vila Euclides.

Adria Massieri Monti, 88. Natural de São Paulo (SP). Dia 23. Cem. de Vila Euclides.

Orminda Martinozzi, 82. Natural de Campinas. Freira. Dia 24. Cemitério de Vila Euclides.

Antonio Oneda, 69. Natural de São Bernardo. Dia 20. Cemitério de Vila Euclides.

São Caetano

Yolanda Tornicasa Piotto, 96. Natural de São Paulo (SP). Dia 22. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

José Pires Laranjeira, 88. Natural de Portugal. Dia 21. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

Odette D’Agostini, 82. Natural de Caetetuba (SP). Dia 23. Cemitério das Lágrimas.

Diadema

Maria Aparecida Fernandes Theodoro, 89. Natural de Resende (RJ). Dia 24. Cemitério Municipal.

Maria de Lourdes Inácio, 85. Natural de Cachoeira de Minas (MG). Dia 24. Cemitério Municipal.

Celina Emilia, 82. Natural de Mariana (MG). Dia 23. Cemitério Municipal.

Valdeci Tomaz Costa, 78. Natural de Palmeira dos Índios (AL). Dia 23. Vale da Paz.

Mauá

Quitéria de Araújo Mendes, 97. Natural de Porto Real Colégio (AL). Dia 25. Cemitério Santa Lídia.

Ribeirão Pires

Maria Juvenal da Cruz, 85. Natural de São Pedro dos Ferros (MG). Dia 24. Cemitério São José.
Rio Grande da Serra

José Roberto Filho, 49. Natural de Engenheiro Caldas (MG). Dia 23. Cemitério São Sebastião.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353.