O GT (Grupo de Trabalho) Saúde do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC criou comitê de emergência para monitorar o avanço da dengue na região. De janeiro a abril, foram registradas 283 contaminações autóctones nas sete cidades, contra 197 em todo o ano passado. Apesar do aumento, é esperada diminuição no número de novos casos durante os meses de inverno.

O coordenador do GT e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, explica que o objetivo do grupo, cuja última reunião foi realizada na segunda-feira, será adotar medidas para que “não haja progressão geométrica que possa se transformar em surto com perda de controle.” Ele avalia que os números estão “dentro de processo de média histórica, sem explosão de casos.”

“As cidades reforçaram ações internas e agora vamos começar a fazer algumas atividades intermunicipais”, garante Homero. Segundo o coordenador, além das atividades do dia a dia, como as verificações de focos do mosquito Aedes aegypti nos bairros, são tomadas medidas para evitar que haja propagação das larvas e dos insetos contaminados.

Homero descarta a necessidade de as prefeituras recorrerem ao governo do Estado ou à União para solicitar mais recursos para aprimoramento dos programas de prevenção da doença. “Acho que os municípios têm tido verbas suficientes. O Ministério da Saúde já repassou os recursos integralmente. Não tenho recebido esse pedido”, acrescenta o coordenador.

MAIS MÉDICOS

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o Grande ABC já conta com 143 profissionais do Programa Mais Médicos, sendo 23 em Santo André, 39 em São Bernardo, seis em Diadema, 45 em Mauá, dez em Rio Grande da Serra e 20 em Ribeirão Pires. Na manhã de ontem, Chioro participou de eventos em São Bernardo, cidade onde ocupou, até janeiro, o cargo de secretário municipal de Saúde.

“Mais de 700 municípios do Brasil não tinham nenhum médico. Hoje, 14 mil profissionais (do programa) atendem a 49 milhões de pessoas em 3.800 cidades”, salientou, em discurso. O Mais Médicos permite que estrangeiros ou brasileiros formados em Medicina no Exterior exerçam a atividade no SUS (Sistema Único de Saúde).

Para Homero, o total de médicos oferecidos pelo programa já atende à demanda da região de maneira satisfatória. “Eles vêm para compor equipes do PSF (Programa Saúde da Família). Hoje temos uma cobertura bastante próxima do ideal. A maioria dos municípios ainda pode ampliar o PSF, mas, para o que existe hoje, está adequado”, comenta o coordenador do GT.

São Bernardo reformará todas as UBSs até o fim do ano que vem

Até o fim de 2015, a Prefeitura de São Bernardo pretende terminar a reforma de todas as 32 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que já existiam na cidade desde 2009, quando o prefeito Luiz Marinho (PT) assumiu o governo. Ontem foi entregue o 33º posto, no Montanhão. Com investimento total de R$ 3,8 milhões, o equipamento deve atender a cerca de 16 mil pessoas.

A secretária de Saúde, Odete Gialdi, informa que 22 unidades já passaram por obras. A administração planeja abrir até o fim do ano a UBS do Areião. Já estão em obras os postos dos bairros Leblon, Baeta Neves, Mussolini e Silvina. Os próximas a receber ordem de serviço serão os do Alvarenga, Ipê e Vila Deyse.

HOSPITAL

Segundo Odete, o Hospital de Clínicas, inaugurado em dezembro, opera com 40% da capacidade. Nos próximos meses, serão iniciados procedimentos de neurocirurgia e cardiologia intervencionista, para casos de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).