Um dia após o vereador Ricardo Yoshio (PRB) assinar o pedido de CPI da Saúde protocolado em março pela bancada do PT, os parlamentares governistas querem ampliar a investigação ao setor na gestão passada, do então prefeito Mário Reali (PT).

“Há uma série de situações que envolve a Saúde no município que não se limita a esse governo”, considera Atevaldo Leitão (PSDB). A proposta dos situacionistas será apresentada na semana que vem. “Se (a oposição) aceitar, todos assinaremos a CPI”, disse o tucano.

Com a adesão de Yoshio, os petistas conseguiram as sete assinaturas necessárias (um terço) para instaurar a CPI, conforme versa o artigo 41 da LOM (Lei Orgânica do Município). Agora, o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), tem cinco dias para indicar os cinco integrantes da comissão.

Para o petista José Antônio, os aliados do prefeito Lauro Michels (PV) querem desviar o foco da averiguação. “Queremos uma análise sobre a gestão da Saúde em Diadema (secretaria a cargo do ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, do PSDB). Para nós, essa proposta ainda não chegou”, disse.

Apesar do PRB integrar a base governista de Lauro, Ricardo Yoshio reiterou que assinou o pedido de investigação porque não teve resposta aos questionamentos feitos à Secretaria de Saúde.

No fim do ano passado, o republicano entrou em atrito com o chefe do Executivo após protocolar requerimento de abertura de CPI da Saúde. O pedido de apuração foi derrubado pelo Legislativo em março, após recurso apresentado por Atevaldo Leitão, contestando a ação.