Economia Titulo Consumo
Clientes deixam compras
de Natal para última hora

Movimento em shoppings da região foi grande
ontem; fluxo deve se manter elevado até a véspera

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/12/2013 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


Muitas sacolas, passos apertados e cartões nas mãos. Centenas de consumidores que residem no Grande ABC aguardaram o fim de semana para fazer as compras de Natal. Durante todo o dia de ontem, os centros de compras tiveram volume maior de clientes, e o movimento muito mais intenso do que nos dias comuns deve se manter até a véspera, dia 24, terça-feira.

Os estacionamentos ficaram lotados e os clientes tiveram que ter paciência para conseguir uma vaga. “Se de manhã já está cheio, imagina no fim do dia e à noite”, questiona a professora Cleunice Santos, 31 anos, de Mauá. Ela conta que esperou para iniciar as compras de Natal porque teve que esperar ter crédito no cartão. “Do meu 13º salário só sobrarão R$ 500, que devo guardar para pagar, pelo menos, alguma parte do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores), em janeiro”. Em sua lista, apenas ‘lembrancinhas’. “Qualquer coisa custa R$ 50, R$ 100. Não dá para ousar muito.”

Seguindo a tradição familiar, o operador de máquinas Fernando Baldo, 37, de Santo André, saiu ontem à procura do presente do amigo-secreto. “Estipulamos um valor mínimo, de R$ 40. A partir daí cada um compra o que puder.” As compras não fazem parte do orçamento do 13º. “Boa parte é para pagar dívidas com o banco e com cartões, e a outra vou gastar com lazer da minha família.” A babá Sendy da Silva, 34, só foi ao shopping ontem para finalizar as compras. “A maior parte já está em casa, consegui me antecipar. Mesmo assim, sempre fica faltando algo.”

Após uma maratona de noves horas ‘rodando’ shoppings – entre sexta-feira e ontem – o autônomo Paulo Cidade, 49, acompanhado por sua mulher, a técnica jurídica Yara, 47, conseguiram comprar todos os presentes natalinos. “A gente tenta não estipular valores, a não ser no amigo- secreto, de até R$ 200. Notamos que, apesar das coisas estarem mais caras do que em 2012, os valores não variam muito de shopping para shopping”, contou Cidade, que reside em Santo André.

Para driblar os preços ‘salgados’, consumidores usam a criatividade. O mecânico Lucas Guimarães, 26, vai montar uma cesta para a namorada. “Vai ficar mais barato do que comprar uma roupa. Vou colocar bombons, um ursinho de pelúcia e cosméticos.” No total, o mecânico desembolsou R$ 74. “Uma roupa qualquer, como jeans ou vestido, é mais caro.”

De olho no aumento do fluxo, os shoppings da região estão fechando mais tarde do que o de costume (22h), variando entre 23h e 24h.




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