Francisco Petrônio, a “voz de veludo do Brasil” morreu na madrugada desta sexta, aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Paula, em São Paulo, desde domingo passado (dia 14) com infecção abdominal.

Filho de imigrantes italianos, nascido no bairro paulistano da Bela Vista, o Bexiga, Francisco Petrônio desde criança sonhava em ser cantor. Quando menino, seu pai costumava colocá-lo em pé sobre uma cadeira para que ele cantasse aos amigos.

O sonho, no entanto, demorou a se concretizar. Francisco Petrônio era motorista de táxi e costumava cantar enquanto dirigia. Um de seus passageiros gostou do que ouviu e o convidou para um teste na TV Tupi.

O diretor artístico da emissora na época era Cassiano Gabus Mendes, que logo o contratou para a rádio e a TV Tupi.

Seu primeiro disco foi o compacto com o bolero Agora e com Não me Fale Dela, mas o sucesso veio mesmo com a gravação do LP Baile da Saudade, em 1964. Dois anos depois, ele ganhou um programa mensal homônimo na Rede Globo, que posteriormente foi levado à rádio Gazeta, depois para as rádios América, Nove de Julho e Record.

Embora não fosse um artista com grande espaço na mídia, Francisco Petrônio nunca parou de cantar e tinha um grande público que gostava de seu repertório saudosista. Gravou 54 discos e o mais recente é No Palco com Francisco Petrônio, de 2005. O artista deixa a mulher Rosa Perrone, com quem foi casado por 60 anos, três filhos e seis netos.