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Postos do INSS reabrem em duas cidades da região
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
10/08/2005 | 08:17
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A greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) perdeu força no Grande ABC com a reabertura terça-feira das agências de São Caetano e São Bernardo. Na região continuam fechados os postos de Santo André, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Terça-feira em Brasília, representantes do comando nacional de greve se reuniram com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, mas não houve acordo. Com isso, os líderes dos servidores decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado.

No Grande ABC, a maioria dos servidores do posto de São Caetano, que estava fechado desde o início do movimento, em 2 de junho, retornou ao trabalho. O índice de paralisação da agência é de 23%. "Com poucos funcionários em greve, houve condições de retomar os serviços", afirmou Fátima Conceição Gomes, gerente-executiva do INSS em Santo André, que responde também pelas agências de São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires. Segundo Fátima, foram atendidos 240 casos, grande parte de beneficiários que queriam dar entrada ao auxílio-doença e fazer atualização de pagamentos.

Embora tenha retomado as atividades terça-feira, a agência de São Bernardo limitou o atendimento, já que 52% dos servidores continuam parados. Segundo o gerente-executivo Genésio Denardi, foi realizada uma triagem dos casos e distribuídas 100 senhas para a população.

Entretanto, os atendimentos totalizaram 309, contando com perícias médicas anteriormente agendas e pagamentos de benefícios bloqueados, serviços que já estavam sendo prestados para os segurados que procuravam o posto durante a greve. "Todos os dias iremos realizar uma avaliação para decidirmos quantas senhas iremos distribuir", afirma.

O representante regional do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Previdência do Estado de São Paulo), Áureo dos Santos, condenou a reabertura das duas agências na região. "Isso enfraquece o movimento, que está num momento crucial de negociações com o governo. Entretanto, existe uma pressão por parte das gerências para que os servidores voltem ao trabalho", diz.

Negociações - Com o novo fracasso da negociação entre os grevistas e o governo, a situação do INSS se agrava ainda mais. A greve da maior parte dos funcionários completa nesta quarta-feira 70 dias. Terça-feira, após reunião com Sérgio Mendonça, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, os líderes grevistas alegaram que o governo se negou a conversar com toda a categoria, que inclui servidores do Ministério da Saúde e do Trabalho.

De acordo com Mendonça, o governo vai, de agora em diante, dar andamento a todas as medidas administrativas para cumprir decisão judicial de garantir o atendimento da população nas agências do INSS. A Justiça deu prazo de dez dias para o término da greve.




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