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Pancreatite aguda

É a inflamação de uma glândula grande localizada atrás do estômago e próximo ao duodeno chamada pâncreas

Leo Kahn
04/03/2010 | 00:00
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É a inflamação de uma glândula grande localizada atrás do estômago e próximo ao duodeno chamada pâncreas, que secreta enzimas digestivas no intestino através do tubo pancreático e também libera os hormônios insulina e glucagon na corrente sanguínea que ajudam o corpo a usar a glicose dos alimentos como energia.
A inflamação local provocada pela ativação descontrolada da enzima tripsina nas células acinares do pâncreas pode levar à digestão glandular. Em cerca de 80% dos casos, a pancreatite aguda é leve (edematosa) e os doentes recuperam sem complicações, mas os 20% restantes têm doença grave com complicações locais como: necrose, hemorragia, fístula, pseudocisto, abscesso, estenoses biliares ou sistêmicas.
Atualmente é responsável por mais de 200 mil admissões hospitalares todos os anos nos Estados Unidos e a sua incidência tem aumentado nas últimas duas décadas, oscilando entre cinco e 80 a 100 mil pessoas ao ano.
Acomete mais homens do que mulheres e geralmente é causada por cálculo biliar ou muita ingestão de álcool.
A etiologia da pancreatite aguda define a sua epidemiologia, quase metade dos doentes com pancreatite aguda alcoólica sofre recorrência, e esse risco varia entre 32% e 61% nos casos de causa biliar não tratada. Depois de debelada a pancreatite aguda, cerca de um terço dos doentes desenvolve distúrbios funcionais tais como diabetes e esteatorreia. A incidência de pancreatite crônica após episódio agudo varia entre 3% e 13%. A pancreatite aguda é uma entidade potencialmente fatal, com mortalidade global de 2,1% a 7,8% mas que pode atingir os 30% nas formas graves.

SINAIS E SINTOMAS:
A dor abdominal é o mais comum, com duração de alguns dias, localiza-se no abdômen superior e geralmente apresenta irradiação dorsal. Pode ser súbita e intensa, ou começar com uma dor leve que fica pior quando se ingere alimentos.

OUTROS SINTOMAS:
Abdômen inchado e macio.
Náusea.
Vômito.
Febre.
Taquicardia.
O diagnóstico é feito pelo histórico e exame físico, o médico gastrologista deverá pedir exame de enzimas pancreáticas sanguíneas, ultrassom abdominal para procurar cálculo biliar, e tomografia computadorizada axial para verificar a ocorrência de inflamação ou necrose do pâncreas.

SAIBA MAIS:
A pancreatite aguda é um processo inflamatório do pâncreas com envolvimento variável de outros tecidos regionais ou órgãos à distância, conceito estabelecido na Conferência de Atlanta em 1992.
Pancreatite aguda acontece subitamente, dura um curto período de tempo e geralmente melhora por si mesma.
Pancreatite crônica não se resolve por si mesma e resulta da destruição lenta do pâncreas.
Ambas as formas podem causar complicações severas como sangramento, danificação de tecido e infecção. Além disso, enzimas e toxinas podem entrar na corrente sanguínea, danificando o coração, pulmões, rins e outros órgãos.
Algumas pessoas têm mais de um ataque de pancreatite aguda e recuperam-se completamente depois de cada um. Mas pode ser uma doença grave com muitas complicações para o resto da vida.
Outros fatores etiológicos são: traumatismo abdominal, cirurgia cardíaca ou abdominal, infecções (vírus, bactérias, parasitas), colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, tumores, distúrbios metabólicos (hipercalcemia, dislipidemia), anomalias anatômicas, medicamentos (antibióticos, antirretrovirais, imunossupressores, esteroides, anti-hipertensores e antiepilépticos), toxinas, defeitos genéticos, doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistémico, síndrome de Sjögren), isquemia e gravidez.
Cerca de 15% a 25% dos episódios de pancreatite são de origem desconhecida.
É necessário internação para que os fluidos possam ser repostos intravenosamente e se houver pseudocisto pancreático grande o suficiente para interferir na recuperação do pâncreas, o médico pode drená-lo ou removê-lo cirurgicamente.
Casos severos podem causar desidratação e pressão baixa, levando a insuficiências cardíacas, pulmonares ou renais. Se ocorrer sangramento no pâncreas, pode acontecer estado de choque ou até morte. Procure o médico gastrologista.




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