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‘Novela’ do novo salário mínimo pode terminar
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
Com AE
23/01/2006 | 08:08
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A “novela” sobre a definição do novo salário mínimo pode finalmente terminar terça-feira, no encontro em Brasília entre representantes das centrais sindicais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve confirmar o novo valor do mínimo (R$ 350) e se as reivindicações dos sindicalistas serão atendidas ou não. Depois de reverem sua pauta inicial, as centrais pediram o adiantamento do reajuste para abril (hoje é feito em maio) e a correção da tabela do Imposto de Renda em 8%. Na última quinta-feira, líderes sindicais e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniram por cerca de oito horas, sem chegar a um consenso.

A avaliação entre as centrais é de que o impasse estaria localizado no governo federal, por causa de um “racha” interno – entre os que defendem o aumento do mínimo e a correção da tabela do imposto e os que temem o seu impacto nas contas públicas. Pelos cálculos feitos anteriormente, e que agora serão revistos, um mês a mais de salário mínimo no valor de R$ 350,00 implicará em R$ 1,68 bilhão a mais no orçamento da União, e com a correção da tabela o governo perderá outros R$ 1,1 bilhão em arrecadação.

O processo de negociação foi pontuado pela inflexibilidade do governo federal, que só mudou sua proposta na última de cinco reuniões. Quando as discussões com o governo começaram, os sindicalistas pediam um mínimo de R$ 400 e uma correção da tabela do IR em 13%.

Antecipação – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou domingo, em La Paz, que não pretende antecipar a entrada em vigor do novo salário mínimo, como querem dirigentes sindicais. Assim, o novo mínimo só deverá vigorar a partir de 1º de maio.




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