O estudo solicitado pelo Ciesp tem como parceiros o Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e o Sesi (Serviço Social da Indústria). O mapeamento busca conhecer a fundo quais as indústrias que hoje já aplicam os conceitos de responsabilidade social e também as que têm interesse em mudar a forma de trabalho.
Não se trata de assistencialismo, segundo o diretor local do Sesi, Vamberto Martinez. Ele disse que as empresas têm de atrelar o processo industrial aos benefícios que oferecem aos funcionários, aos seus familiares, à comunidade local em que a empresa está inserida e pensar em todos os outros aspectos que indiretamente favorecem o coletivo. "Não é apenas oferecer um bom plano de saúde aos funcionários, creche no interior da empresa ou distribuir cestas básicas para os carentes. Responsabilidade social é um conceito mais amplo."
Ele citou como exemplo a empresa que usa em seu processo industrial água de reúso. Nesse caso, a indústria economiza água potável e gera benefícios a um conjunto maior de pessoas. "A questão ambiental é uma das mais importantes. Hoje, as empresas brasileiras que mais exportam têm essa preocupação, porque é uma exigência do mercado externo. Muitos empresários podem protelar a promoção dessas mudanças por achar que os custos são altos. Mas esse investimento vai gerar bons resultados a longo prazo", afirmou.
O coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social do Ciesp e industrial da Basf, Vitor Seravalli, disse que a pesquisa vai auxiliar as indústrias a elaborar um planejamento estratégico que impulsione o desenvolvimento econômico e social do município. "Pensamos além das ações sociais propriamente ditas. Algumas empresas já promovem um trabalho de educação, treinamento e profissionalização de seus funcionários e também da comunidade local, promovendo o desenvolvimento. Existem outras, no entanto, que têm esse interesse, mas falta fôlego. Ao conhecer a realidade de cada uma delas é possível unir as idéias semelhantes e difundir esse conceito (de responsabilidade social)."
As indústrias têm até o dia 15 de junho para responder às 50 questões elaboradas pela FEI, que vai tabular a pesquisa. A fórmula tem como base um estudo realizado no ano passado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que ouviu pouco mais de 500 empresas em todo o Estado. O Ciesp, porém, espera que pelo menos 20% das empresas de São Bernardo respondam à pesquisa.
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