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O Pacaembu e a decisão de 1994

As finais do Brasileirão no velho estádio fizeram prevalecer, uma vez mais, a síndrome do Palmeiras, na definição do jornalista e professor Celso Unzelte. O Corinthians perdeu. E o jovem Alexandre, hoje coordenador do Memofut, viveu suas maiores emoções no estádio hoje octogenário

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
08/05/2020 | 00:01
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Emoção aos 23 anos... 

Texto: Alexandre Andolpho Silva 

Fui várias vezes ao Pacaembu, apesar de ter visto mais jogos no Palestra. Minha lembrança mais marcante é dos dois jogos da final do Campeonato Brasileiro de 1994. O Palmeiras jogava por dois empates ou por vitória e derrota com a mesma diferença de gols.

O primeiro jogo (com mando do Corinthians), numa quinta-feira à noite, assisti do Tobogã. Uma atuação memorável de Rivaldo, que marcou dois gols — o primeiro, num lançamento que recebeu da intermediária e pegou a defesa do Corinthians em linha; e o segundo, onde desarmou Branco perto da grande área. O terceiro gol, de Edmundo com passe de Evair, parecia ter definido a fatura. Mas logo em seguida, Marques fez o gol de honra.

A vantagem era grande, pois o Corinthians precisava ganhar por três gols de diferença no segundo jogo. Mas o torcedor não é racional: o gol do Corinthians e a ausência de Roberto Carlos (suspenso por cartão amarelo) ainda me deixavam um pouco ressabiado.

Lembro que antes do jogo de domingo à tarde (com mando do Palmeiras), caiu uma chuva na cidade. Fiquei na arquibancada vermelha e, pelo menos para mim, foi um jogo mais tenso que o primeiro. O gol de Marques logo no começo com certeza contribuiu para isso. O Corinthians teve oportunidades de fazer 2 x 0, assim como o Palmeiras perdeu vários gols. Mas depois da expulsão do Luizinho, o jogo ficou mais controlado e Rivaldo empatou para o Palmeiras, garantindo o título.

Dois jogos inesquecíveis para aquele torcedor de 23 anos.

ESCALAÇÕES

Nos dois jogos de 1994, Palmeiras (campeão) e Corinthians (vice-campeão) levaram ao Pacaembu os seguintes jogadores, segundo as fichas técnicas publicadas pelo Diário e que batem com dois almanaques: o do Timão (de Celso Dario Unzelte) e o do Palmeiras (do Celso e Mário Sérgio Venditti): 

Palmeiras – Velloso, Cláudio, Antonio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, Wagner, César Sampaio, Flávio Conceição, Zinho, Rivaldo, Edmundo, Tonhão, Amaral, Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. 

Corinthians – Ronaldo, Paulo Roberto, Pinga, Gralak, Henrique, Branco, Zé Elias, Marcelinho Paulista, Marques, Luizinho, Souza, Marcelinho Carioca, Viola, Tupãzinho. Técnico: Jair Pereira.

PACAEMBU, 80 ANOS 

Amanhã em Memória: o Divino, do Pacaembu ao Bruno Daniel


Diário há meio século 

Sexta-feira, 8 de maio de 1970; ano 12; edição 1228 

Manchete – Prossegue a ofensiva americana no Cambodja

Santo André – Rua Coronel Oliveira Lima, 67, primeiro andar: Luis Carlos Mantovani Silva inaugura a Acef (Assistência Contábil e Fiscal).

Educação Esportiva – Conselho Federal de Educação aprova a criação da Faculdade de Educação Física de Santo André, dos diretores Israel Zecker e Roberto Laganá, assessorados pelos professores Jarbas Gonçalves e Júlio Mazzei.


Em 8 de maio de...

1920 – Instalado o Grupo Escolar de São Caetano, o II da região – o primeiro foi o de Santo André, no prédio hoje ocupado pelo Museu Octaviano Gaiarsa.

1945 – O fim da II Guerra Mundial. Do noticiário do <CF160>Estadão</CF>: os exércitos alemães renderam-se ontem incondicionalmente; será comemorado hoje em todo o mundo o Dia da Vitória; finalmente encerrou-se a guerra na Europa.

1960 – Prefeitura de São Caetano inaugura monumento em homenagem às mães, localizado na Praça Maria Pia.

Hoje

- Dia do Pintor e do Artista Plástico

- Dia Internacional da Cruz Vermelha

- Dia da Vitória (fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945).

- Dia do Profissional de Marketing

Santos do dia

- Papa Bonifácio IV (Abruzos, Itália, 550 – Roma, 8-5-615). Eleito papa em 25-8-608.

- São Pedro de Tarantásia

- Acácio




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