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Aposentados lutam pelo fim do fator previdenciário
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
05/05/2010 | 07:00
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Aposentados do Grande ABC tem se mobilizado não apenas para impedir que o governo reajuste em apenas 7% os benefícios dos aposentados mas também para derrubar o fator previdenciário.

Benedito Marcílio, presidente da Associação dos Aposentados Pensionistas e Idosos do Grande ABC afirma que a categoria luta há sete anos para colocar em votação. "Dar apenas 0,086% de reajuste é uma vergonha. Já recebemos desde janeiro, por meio de medida provisória 6,14%. Queremos 100% do salário mínimo inclusive retroativo. Não deveria haver acordo, principalmente das associações, que sofrem na carne esse acordo perverso, essa defasagem", diz.

Marcílio cobra ainda a aprovação do congresso no projeto que corrigi benefícios e também acaba com o fator previdenciário, que puxa para baixo o valor pago para quem se aposenta mais cedo. "Temos de acabar com esse critério perverso que é o fator previdenciário. Isso é inconstitucional e, mesmo assim, os representantes dos trabalhadores não protestam contra o governo", reclama.

Francisco Maciel, 55 anos é um dos aposentados que sofreu na pele com o fator previdenciário. O ex-metalúrgico escolheu aposentar-se mais cedo e continuar trabalhando, o que, teoricamente, aumentaria rendimentos, mas com a mudança da lei, ainda em 1999, perdeu rendimentos.

Com benefício menor do que o esperado, Maciel diz que falta ao governo sensibilidade para apurar a situação de maneira mais humanizada. "Entendo que haja rombo na Previdência, mas muitos, como eu, pagaram para usufruir melhor deste benefício e hoje, ganham salário de miséria. É preciso rever essa situação", atesta.

Maciel conta que após a aposentadoria, viu seu padrão de vida despencar. "Trocava de carro todo o ano, agora, tenho o mesmo desde 1999, se mudar de automóvel, passo fome", reclama.

Com anos de metalurgia dedicada à empresa Volkswagen, ele também cobra posicionamento do presidente Lula, que ele afirma ter traído a classe. "Ele bateu nas nossas costas e nos chamou de companheiros. Disse que não nos deixaria desamparados, cobra apenas essa promessa", conclui.




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