Política Titulo Processo eleitoral
Vinholi mantém nome de Lourencini, mas evita criticar prefeito de Mauá

Dirigente paulista do PSDB alega que empresário está consolidado; lideranças tentam composição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/03/2020 | 00:01
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Gilberto Marques/Divulgação


O presidente paulista do PSDB, Marco Vinholi, mantém o nome do empresário José Roberto Lourencini como pré-candidato tucano ao Paço de Mauá, mas evitou entrar em rota de colisão com o atual prefeito Atila Jacomussi (PSB). Em entrevista ao Diário, o dirigente classificou o quadro já trabalhado pela cúpula do partido na cidade como “bom candidato”. A declaração do mandatário se dá em momento que lideranças do PSDB tentam composição com o chefe do Executivo mauaense em legenda aliada. Entre as principais alternativas analisadas pelo grupo político estaria articular ingresso de Atila no DEM.

“Não tenho conhecimento sobre conversas neste sentido (em torno de Atila). Nosso candidato (em Mauá) é o Lourencini, bom candidato para a população avaliar na eleição da cidade. (A escolha) Está baseada no histórico e atuação, é perfil que buscamos no PSDB. Ele tem tudo para desenvolver bom trabalho (à frente da Prefeitura)”, pontuou Vinholi, que exerce o cargo de secretário de Desenvolvimento Regional no governo de São Paulo, chefiado por João Doria (PSDB). O dirigente ponderou, contudo, não ter o cenário concretizado sobre a montagem de alianças no município.

Mesmo com apoio do tucanato local, que possui inserção junto à estadual, Lourencini não é consenso na sigla, especialmente por não aparecer bem posicionado em pesquisas quantitativas informais a seis meses do processo eleitoral de outubro. O panorama atual do número de pré-candidatos ainda é extenso em Mauá, aproximando-se de dez concorrentes. Atila aposta na pulverização de votos e em eventual ‘onda’ azul, proporcionada por prefeituráveis considerados de centro-direita no Grande ABC, bem como na Grande São Paulo, o que sinalizaria novo fracasso do PT em seu berço. Por isso, ele tem se aproximado de lideranças do PSDB, hoje no comando de três Paços na região. Com a migração em estudo, o socialista prospecta que pode se beneficiar deste clima.

O PSDB contabiliza hoje 218 prefeitos no âmbito estadual. O plano estratégico é ao menos assegurar o patamar ou mesmo efetivar crescimento. Em previsão otimista interna, a proposta passa por eleger 250 prefeitos em São Paulo – no País, elegeu 803 em 2016, a segunda com maior representatividade, atrás apenas do MDB. O desempenho expressivo é tratado como fundamental para as pretensões tucanas em impulsionar a possível candidatura presidencial de Doria. Para isso, estima lançar candidatos em 450 municípios – de 645 cidades possíveis, no total.

Para endossar a tese, Vinholi defendeu que o projeto do PSDB envolve apresentar opção em todas as sete cidades do Grande ABC. Além dos três atuais prefeitos (em Santo André, São Bernardo e São Caetano), indicará o vereador Ricardo Yoshio em Diadema e consolidou ontem o retorno do chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira. Em Rio Grande, a aposta está no empresário Nilton de Paula. 




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