O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira em Bangcoc que a organização está perdendo a paciência com a falta de reformas democráticas em Mianmar. A declaração foi feita após um encontro com o primeiro-ministro tailandês, Surayud Chulanont.

O secretário-geral das Nações Unidas fez um pedido aos governantes birmaneses "para que se comprometam no caminho da democratização, garantindo os direitos humanos e permitindo a Aung Suu Kyi (a líder da oposição e prêmio Nobel da Paz) estabelecer um diálogo com os principais dirigentes do país".

"A comunidade internacional perde a paciência. Espero que as autoridades birmanesas levem isto em consideração seriamente", advertiu.

Mianmar, país governado por juntas militares há 45 anos, foi cenário em setembro de manifestações pacíficas lideradas por monges budistas.

Após vários dias de protestos nas principais cidades do país, as tropas birmanesas reprimiram o movimento de contestação popular.

A junta militar confirmou 15 mortes como resultado da repressão, no entanto, para a ONU pelo menos 31 pessoas faleceram na atuação das tropas oficiais.