Setecidades Titulo REVITALIZAÇÃO
Parques apresentam má conservação no período de férias

Equipamentos de quatro cidades sofrem com a falta de manutenção, têm brinquedos e aparelhos de ginástica quebrados e falha na fiscalização

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
08/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Juntos, os cerca de 31 parques municipais localizados em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires costumam atrair cerca de 45 mil visitantes por dia no período de férias escolares, número que corresponde ao dobro do total de frequentadores nos demais dias do ano. No entanto, alguns deles não oferecem estrutura adequada para garantir a diversão e segurança das famílias. A equipe do Diário percorreu quatro equipamentos e constatou desde brinquedos e aparelhos de ginástica quebrados até ausência de fiscalização para impedir banhos em locais proibidos.

No Parque Ecológico Guapituba, no Jardim Guapituba, em Mauá, na área de lazer infantil, o brinquedo gira-gira não funciona. Mesmo após ter sido emendado com fita adesiva, o item é usado apenas como banco pelos frequentadores. A sujeira no local também impressiona. Na tarde de ontem, os cestos de lixo localizados na entrada do parque estavam transbordando. Outra falha está no banheiro masculino, onde as pias estão sem torneiras.

“Também sinto falta de mais segurança por aqui”, observa a aposentada Maria dos Reis, 69 anos, que realizada caminhadas no Parque Ecológico Guapituba. Sobre as manutenções, a Prefeitura de Mauá destacou que, os reparos são feitos periodicamente pela Secretaria de Serviços Urbanos.

Em Diadema, no Parque Takebe, no Jardim Takebe, aparelhos da academia ao ar livre quebrados estão jogados. A ausência de fiscalização, entretanto, é o que mais incomoda os visitantes. Crianças e jovens se banhavam no lago do parque na tarde de ontem. Além disso, o local é ponto de usuários de drogas. “Mesmo durante o dia ainda vemos esses casos. Pelo menos neste mês, a segurança deveria ser reforçada”, aponta a auxiliar de escritório, Keila de Souza, 37. A Prefeitura destacou que os parques recebem manutenção periódica por meio do Programa Mãos à Obra.

No Parque Raphael Lazzuri, no bairro Anchieta, em São Bernardo, o playground tem um escorregador interditado com fitas. Outro problema citado pelos visitantes é a ausência de sinalização a respeito dos espaços. “Todas as placas estão apagadas, dificultando para entender as informações”, comenta o professor de educação física Eduardo Moura, 32. A Prefeitura destacou que os parques passaram por manutenção recente. 

Os visitantes do Parque da Juventude Ana Brandão, em Santo André, acreditam que o local precisa de revitalização. A nutricionista Michele Araújo, 27, destaca que “o espaço é muito bom”, mas demanda pintura, cercado nas quadras de futebol e novos brinquedos no espaço de lazer para as crianças. A administração também ressaltou que os espaços de lazer passam por manutenção diariamente. 

Área de lazer no Alvarenga fica para março

Prometido para ser inaugurado neste mês, o Parque das Nascentes, no Jardim Ipê, em São Bernardo, será entregue somente em março. A Prefeitura justifica que o atraso nas obras se deve a mudanças realizadas no projeto do espaço de 48 mil metros quadrados, que passará a ser cercado. O equipamento, que beneficiará moradores dos bairros Jardim Ipê, Jardim do Lago, Detroit e Alvorada, na região do Grande Alvarenga, tem 70% das obras concluídas, conforme a administração.

A promessa é a de que o parque linear tenha playground, áreas de convivência, aparelhos de ginástica, bancos e mesas de jogos, quadras de areia, quadra de basquete, minipista de skate, pórtico de entrada, mirante e centro comercial. Cenário bem diferente do observado anteriormente, que concentrava descarte irregular de lixo e entulho.

A construção da área de lazer, paralisada desde 2014, gestão do então prefeito Luiz Marinho (PT), foi retomada em janeiro do ano pasado. A estimativa é a de que o espaço, que contará com investimento de R$ 6,6 milhões, sendo R$ 1,5 milhão proveniente de recurso municipal e o restante financiado pelo governo federal, se consolide como a segunda maior área verde da cidade – perdendo apenas para o Estoril, no Riacho Grande, que tem pouco mais de 300 mil metros quadrados.




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