Política Titulo Promessa antiga
Kiko espera ano eleitoral para tentar concluir hospital de Ribeirão Pires

Obra começou em 2008, está parada desde 2013, mas só agora Paço corre para terminar o serviço

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
07/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), esperou ano eleitoral para resgatar velha promessa do município: retomar licitação com objetivo de concluir obras do Hospital e Maternidade, que começaram em 2008 e que estão travadas desde 2013.

A administração colocou na rua somente agora edital para contratação de empresa que ficará responsável por terminar a parte física do equipamento, promessa de outros dois prefeitos. A expectativa é a de que no dia 3 de fevereiro envelopes com as propostas sejam abertas pela comissão de licitações.

Apesar de a Prefeitura de Ribeirão Pires assegurar que as regras da licitação estão disponíveis no site oficial do Paço (www.ribeiraopires.sp.gov.br), até o fechamento desta edição o material não estava aberto eletronicamente no portal.

O argumento do governo Kiko para que as intervenções sejam retomadas apenas neste ano, último do mandato, foi que a gestão do governador João Doria (PSDB) havia suspendido, no ano passado, convênio de R$ 3 milhões liberado pelo ex-governador Márcio França (PSB).

O tucano prometeu endereçar R$ 8 milhões para conclusão do complexo hospitalar, dinheiro que segue travado no Palácio dos Bandeirantes. Kiko esteve ontem na sede do governo paulista para conversar com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), para tratar dessa e de outras obras.

Até o momento, a Prefeitura de Ribeirão despendeu R$ 19 milhões na construção do complexo hospitalar, utilizando recursos municipais, estaduais e federais – o equipamento inclui a sede da Secretaria de Saúde, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, centro cirúrgico e laboratório.

Além da verba prometida por Doria, o Executivo municipal estima usar R$ 963 mil de emendas parlamentares para finalizar o equipamento de saúde – esse aporte será destinado para o término do primeiro pavimento do bloco quatro do prédio, entretanto, depende de aval da Caixa, o que ainda não aconteceu.

As obras no Hospital e Maternidade Municipal se arrastam há 12 anos, quando o prefeito era Clóvis Volpi (PL). Inicialmente, apenas dois blocos foram construídos com recursos do Estado e da União: a UPA Santa Luzia e a Secretaria de Saúde.

Os outros blocos do equipamento chegaram a ter as obras iniciadas, que foram paralisadas por falta de recurso. A estimativa é que a intervenção demande R$ 8 milhões para ser entregue completamente, conforme a gestão Kiko.

Segundo a Prefeitura, “nos últimos quatro anos (de 2013 a 2016), o projeto ficou paralisado sem a liberação dos recursos necessários”. “No início de 2017, a Prefeitura retomou o projeto do complexo hospitalar, avaliando toda a documentação técnica e procedendo as atualizações consideradas necessárias para a reapresentação do mesmo junto ao governo do Estado – para novo pleito de recursos.

Sobre o fato de o edital não estar disponível para consulta no site, o governo não se manifestou. 

Santa Casa de Birigui promete pagar hoje 13º de servidores da saúde

Gestora das unidades de saúde de Ribeirão Pires, a Santa Casa de Birigui prometeu pagar hoje o 13º salário aos funcionários, com 18 dias de atraso. Ao todo, 117 servidores que atuam nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia ficaram sem o benefício no fim do ano.

Os colaboradores estão alocados no contrato firmado com o governo do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), com a Santa Casa de Birigui, que, em nota ao Diário, revelou a data. “O pagamento do 13º salário dos funcionários será creditado na data de amanhã (hoje).”

Os servidores chegaram a ensaiar paralisação dos serviços em protesto, mas houve ameaça de demissão por parte dos gestores das unidades. O Diário apurou que parte do dinheiro enviado pela Prefeitura de Ribeirão para o pagamento de salários teria sido utilizada para saldar dívidas. O governo argumentou que já havia feito repasse à entidade.




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