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Expectativa para as telonas

Lista internacional revela filmes mais esperados pelo público para o circuito ao longo do ano

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
01/01/2020 | 07:00
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Divulgação


Os fãs de cinema já podem preparar a agenda para marcar o início de outro ano de estreias. Representantes de todos os tipos de histórias prometem agitar o circuito para que o público possa eleger os títulos que irão lotar as salas, incluindo as espalhadas pelos complexos do Grande ABC. Entre expectativa para grandes produções e o espaço aberto para possíveis surpresas, o calendário de 2020 revela novidades para gostos diversos.

A temporada passada viu a ascensão de Vingadores: Ultimato como a maior bilheteria de todos os tempos, com arrecadação de US$ 2,79 bilhões (aproximadamente de R$ 11,44 bilhões). As contas sobre o mercado cinematográfico de 2019 ainda não estão fechadas, mas especula-se que devem ultrapassar os números de 2018, quando houve lucro recorde de US$ 96,8 bilhões (cerca de R$ 388 bilhões) mundialmente, segundo dados da Motion Picture Association of America.

E o gênero de super-heróis encabeça a lista de expectativa do site norte-americano Fandango (www.fandango.com), especializado em reserva de ingressos e que abriu votação sobre a ansiedade dos inscritos sobre o que querem ver nas telonas nos próximos 12 meses. O primeiro lugar ficou com Mulher-Maravilha 1984, continuação da obra solo da heroína da DC Comics com estreia no Brasil agendada para 4 de junho. Em clima oitentista, Diana (Gal Gadot) irá se reencontrar com Steve Trevor e enfrentar novos vilões e algumas complicações sobre seus poderes.

O pódio é complementado por contos que exploram o universo cinematográfico Marvel. A segunda colocação ficou com Viúva Negra (estreia prevista em 30 de abril), aventura estrelada pela espiã russa Natasha Romanoff, vivida por Scarlett Johansson, integrante dos Vingadores, antes da conclusão da Saga do Infinito e Thanos. Já o terceiro lugar ficou com Os Eternos (6 de novembro), a maior aposta do estúdio neste ano ao contar história de super-humanos criados por alienígenas que vivem na Terra há séculos.

A lista com o top 10 apontado pelos usuários do site Fandango ainda é formada por Mulan (26 de março), 007 – Sem Tempo Para Morrer (4 de abril), Um Lugar Silencioso 2 (19 de março), Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (5 de fevereiro), Em Um Bairro de Nova York (20 de agosto), a animação da Disney/Pixar Soul (19 de junho) e Velozes e Furiosos 9 (22 de maio).

Claro que o calendário é bem mais abrangente do que a votação revela. Há ainda Jungle Cruise, adaptação para as telonas de tradicional brinquedo existente no parque Disneyland, Robert Downey Jr. conversando com animais em Dolittle, o remake de Amor, Sublime Amor pelas mãos do diretor Steven Spielberg, novas investigações dos já veteranos Will Smith e Martin Lawrence em Bad Boys Para Sempre, e o retorno de sustos sobrenaturais no longa Invocação do Mal 3. Entre complicações recentes com falta de incentivo para a produção nacional, a sétima arte brasileira ainda mostra fôlego (veja mais abaixo).

Todas as datas de estreia podem sofrer mudanças e possíveis modificações de estratégias das distribuidoras no Brasil. Ficar de olhos nessas alterações faz parte do pacote de ser fã, assim como optar por ver (ou não) teasers e trailers. O mundo do cinema de 2020 está apenas começando.


Obras nacionais buscam espaço após ano turbulento

O cinema nacional tenta se manter em 2020. Após ano marcado por discussões sobre o rumo da sétima arte nacional, polêmicas em torno da administração da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e veto de projeto sobre lei de incentivo a construção de salas exibidoras no País, histórias estão prontas para serem contadas pelos artistas brasileiros.

Um dos projetos mais chamativos envolve Suzane Von Richthofen, que planejou o assassinato dos pais em 2002 e foi presa junto com o então namorado. Diferentes perspectivas sobre o caso estão em A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, que estrearão no mesmo dia, no primeiro semestre, mas ainda sem data definida.

Eduardo e Mônica, icônica música do Legião Urbana, inspira longa homônimo com Gabriel Leone e Alice Braga. O conto do casal será apresentado pelo diretor René Sampaio (de Faroeste Caboclo, de 2013), a partir de 9 de abril.

O documentário Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre o saudoso cineasta, ganha espaço na agenda também em 9 de abril. Escrito e dirigido por Miguel Falabella, Veneza toma o circuito em 30 de abril. O drama Pacarrete, grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado de 2019, ainda não tem data para estrear, então é preciso ficar de olho. Já o juvenil Turma da Mônica – Lições chega em 10 de dezembro.

Fica em aberto o destino de Marighella, com Wagner Moura na direção. A cinebiografia do ex-deputado e guerrilheiro brasileiro tem percorrido festivais internacionais e luta contra imbróglio burocrático na Ancine para ser apresentado ao público. Quem sabe 2020 possa abrir salas para o filme em seu próprio País.




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