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Aumenta número de morte de crianças

Sufocamento e acidentes de trânsito são principais causas de óbitos de menores até 14 anos na região

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
15/07/2019 | 07:12
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Denis Maciel/DGABC


O número de mortes por acidentes de crianças e adolescentes com até 14 anos no Grande ABC apresentou um aumento de 27% entre 2016 e 2017. Conforme análise dos dados divulgados pelo Ministério da Saúde feita pela ONG (Organização Não Governamental) Criança Segura, quase metade das ocorrências no último ano foram com crianças com menos de 1 ano de idade. 

As ocorrências por sufocamento (que envolvem engasgo ou estrangulamento) foram as que motivaram maior número de vítimas nos dois anos de análise no Grande ABC. Apesar de ter sido o tópico com maior quantidade de registros, apresentou uma queda de 15% entre o período – baixou de 13 para 11 ocorrências.

Outro índice que chama atenção pelo número crescente de ocorrências é o de mortes em razão dos acidentes de trânsito, com crescimento de 400% no período – passaram de duas mortes em 2016 para dez no ano seguinte.

No geral, em 2017, foram contabilizadas 28 ocorrências, com dez vítimas no trânsito (podendo ser por acidentes de carro ou atropelamento), duas por afogamento, 12 por sufocamento, uma em consequência de queimadura e uma na categorias outros (como desastre natural). Já em 2016, foram registradas 22 ocorrências. 

A situação do Grande ABC acompanha o cenário estadual. No ano de 2017, as ocorrências por sufocamento também foram as de maior volume, totalizando 183. Acidentes no trânsito somaram 162 e os afogamentos apareceram na terceira posição, com 72 casos registrados. 

Em 2017, a ONG Criança Segura incluiu na pesquisa o número de óbitos de crianças e adolescentes em razão de quedas. Neste caso, a região contabilizou um registro de morte de criança menor de 1 ano e um com idade entre 5 e 9 anos. 

Conforme a ONG Criança Segura, antes de completar 1 ano, a criança apresenta fragilidade e falta de capacidade para reagir aos perigos. No caso das sufocações e engasgamentos, suas vias aéreas superiores (boca, garganta, esôfago e traqueia) são pequenas e, nesta fase, têm a tendência natural de colocar objetos na boca – entre bebês, a falta de habilidade de levantar a cabeça ou livrar-se de lugares apertados coloca-os em risco.

De acordo com a coordenadora de desenvolvimento institucional da Criança Segura, Vania Schoembemer, os dados devem ser analisados com atenção pelos gestores públicos que cuidam das áreas da infância e adolescência em âmbitos municipal, estadual e federal para evitar o aumento de casos no País. “Esse cenário reforça a necessidade de campanhas educativas contínuas e ações com o poder público para a prevenção de acidentes com crianças”, finaliza.




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