Santo André e São Bernardo anunciaram ontem reajustes nas tarifas do sistema de transporte coletivo municipal. Em ambas as cidades, o preço da passagem vai subir dos atuais R$ 4,40 para R$ 4,75, alta equivalente a 7,95%.

O acréscimo na cobrança do serviço começa a valer a partir da próxima semana. Em São Bernardo, o novo valor será aplicado a partir do dia 1º, enquanto que em Santo André a mudança ocorrerá no dia 6.

Baseados em estudos técnico e econômico, os aumentos nas tarifas dos dois municípios, conforme as prefeituras, têm o objetivo de equilibrar a receita do sistema, que nos últimos meses vêm sofrendo com a alta nos preços do petróleo e nos custos da mão de obra.

Relatório apresentado pela Prefeitura de São Bernardo aponta que, só neste ano, o preço do óleo diesel teve aumento de 7,34%, com impacto de 1,20% nos custos operacionais do sistema.

No período, além dos insumos, salários e encargos de pessoal tiveram aumento de 3,50%, assim como o investimento na frota e aplicação de soluções tecnológicas representaram em torno de 10% dos custos operacionais.

“(O reajuste se deu) Considerando que a queda na demanda pagante permanece, e hoje gira em torno de 1,6%, resultando na significativa redução dos usuários que participam do pagamento do serviço municipal de transporte coletivo”, justifica o Paço.

A mesma situação ocorre em Santo André. Na cidade, além da alta nas despesas, o sistema enfrenta ainda crescimento de 85%, nos últimos seis anos, no número de acessos gratuitos registrados no sistema de transporte público, por meio de benefícios concedidos pela própria Prefeitura.

Neste ano, a projeção é a de que o sistema termine o ano com quase 15,7 milhões de entradas em que passageiros tiveram custo zero. Até o momento, demais cidades do Grande ABC ainda não confirmaram o reajuste na tarifa.

NA CAPITAL

Na sexta-feira, a Prefeitura de São Paulo já havia decretado aumento na passagem para R$ 4,30 a partir do dia 7. Segundo gestão de Bruno Covas (PSDB), a medida atende a necessidade de adequação do sistema. “Por dois anos, em 2016 e em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste, mantendo-se no valor de R$ 3,80, impactando o orçamento da prefeitura. Em 2018, houve aumento abaixo da inflação, elevando para R$ 4”, alega. Além da Capital, confirmaram nesta semana acréscimo na cobrança Osasco e Itapevi.