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PDT lança nome próprio para dar visibilidade a Ciro

Após desacordos, sigla rompe com França e apresenta Marcelo Candido, ex-prefeito de Suzano

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/08/2018 | 07:00
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Em reviravolta no cenário, o PDT de São Paulo anunciou que vai lançar nome próprio ao governo do Estado para dar visibilidade ao projeto nacional com a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência, rompendo aliança com o governador Márcio França (PSB). Diante de acordos nacionais que visaram isolar Ciro na disputa ao Planalto, o partido resolveu formalizar projeto solo com o ex-prefeito de Suzano Marcelo Candido, que terá de vice a também pedetista Gleides Sodré, além do correligionário Antonio Neto ao Senado, ambos sindicalistas.

O PDT havia formalizado apoio a Márcio França uma semana antes de o PSB – que tinha se aproximado, recentemente, de Ciro na esfera nacional –, em acordo com o PT, decidir não aderir oficialmente à campanha de nenhum presidenciável. Na ocasião do acerto, os pedetistas sugeriram indicar nome a vice ou uma das vagas ao Senado, o que não se viabilizou no caso. Pleiteante à reeleição, o governador encaminhou, na convenção de sábado, a coronel da PM (Polícia Militar) Eliane Nikoluk (PR) como número dois da chapa e fechou a dobrada ao Senado com a ex-atleta Maurren Maggi (PSB), ao lado do vereador paulistano Mário Covas Neto (Podemos).

Com a situação, o movimento do PDT tem objetivo de dar suporte a Ciro na principal federação do País. “O PDT e PSB não selaram acordo a nível nacional. Eles escolheram a neutralidade. Então, para elevar a candidatura do Ciro, definimos pela candidatura do Marcelo. Dentro dessa proposta de mais palanques próprios, vamos aumentar tempo para o Ciro. É uma questão técnica, não só política”, disse o sindicalista e ex-deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PDT), ao acrescentar que Marcelo é excelente quadro. “É diversificado, articulado, negro, foi prefeito por dois mandatos e saiu do governo com bom índice de aprovação. Vejo que foi até melhor ao PDT.”

Nome do PDT a deputado federal, José Carlos Orosco Júnior, com reduto de Mauá, pontuou que a candidatura própria surgiu de última hora, só que o plano original trabalhado era apresentar essa alternativa. A sigla apenas recuou, segundo ele, após tratativas avançadas com França. “Eles descumpriram (acordo). Entendemos que essa rasteira foi para que o Ciro não tivesse apoio em São Paulo. Houve manobra do PT, assim como teve dedo do Geraldo (Alckmin, PSDB, também presidenciável e aliado de França), mas estávamos preparados para caneladas. O PDT não é partidico que se larga no meio da estrada”, citou o pedetista. “Isso ajuda a ter lado, vai alavancar o Ciro, e ainda haverá mais votos na legenda”, emendou.

Candido foi candidato à prefeitura de Suzano em 2000 pela primeira vez pelo PT. Saiu derrotado. Em 2002, foi eleito deputado estadual. No pleito majoritário seguinte, em 2004, se elegeu prefeito. Em 2008, foi reeleito. 




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