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Título pode selar supremacia francesa

Desde que venceu a Copa de 1998, seleção esteve em seis finais de três torneios diferentes

Por João Victor Romoli
15/07/2018 | 07:00
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 O prestígio que seleções como Brasil, Argentina, Alemanha e Itália têm no futebol mundial não é vista na França, que conquistou seu primeiro título de Copa do Mundo apenas em 1998. No entanto, os números dos últimos 20 anos mostram supremacia do país, principalmente em Mundiais. De lá para cá, contando com a final de hoje diante da Croácia, a seleção esteve em três decisões, número que nenhuma nação tem igual.

Além do título histórico em cima do Brasil, ao vencer por 3 a 0 em 1998, a França ficou na segunda posição em 2006, já que perdeu nos pênaltis para Itália por 5 a 3, após 1 a 1 no tempo normal. Se levar em conta Eurocopa e Copa das Confederações, o domínio europeu fica ainda mais evidente. Do primeiro, a seleção conquistou o título em 2000 diante da Itália, vencendo por 2 a 1, e ficou em vice em 2016, ao perder para Portugal por 1 a 0. Já do segundo faturou dois troféus. Ganhou do Japão por 1 a 0, em 2001, e de Camarões, pelo mesmo placar, em 2003 – edição extra, uma vez que em 1997 não teve o campeonato no país europeu.

No total foram quatro títulos e dois vicecampeonatos em três competições diferentes. Desses, aliás, dois são especiais para o atual treinador Didier Deschamps, que foi peça fundamental para o começo dessa supremacia, ainda como jogador. Ele faturou os títulos de 1998 e 2000 e teve o prazer de erguer o troféu, já que era o capitão da equipe.

Se conseguir o título hoje, Deschamps ficará de vez na história. Será o terceiro a ganhar a Copa do Mundo como técnico e atleta. Somente Zagallo, pelo Brasil, e Beckenbauer, pela Alemanha, conseguiram tal feito.

Multicultural, elenco se une pelo bi
Desde que o futebol passou a ganhar importância na França, o campo serviu como um espelho das mudanças culturais do país. A resistência de antes aos imigrantes agora pode ser vista como orgulho, já que 19 dos 23 jogadores da seleção são nascidos em outros países ou têm ligações familiares próximas a outras nações.

“A França representa a diversidade. É um país maravilhoso. Os franceses estão orgulhosos de como está formada essa equipe, sua diversidade e sua beleza”, disse o volante Matuidi, que é filho de angolanos.

Outros dez jogadores também têm os pais nascidos em lugares diferentes: Areola, da Filipinas; Rami, do Marrocos; Kimpembé e Nzonzi, do Congo; Sidibé, Dembelé e Kanté, do Mali; Pogba, de Guiné; e Mbappé e Fekir, da Argélia. Já Lucas Hernández, da Espanha, Mendy, da Senegal, Tolisso, do Togo, e Griezmann, de Portugal, têm avós e antepassados de outros países.

A mistura é tão grande que ainda conta com quatro atletas que nem nasceram na França: Mandanda, no Congo; Umtiti, em Camarões; Varane, em Martinica; e Lemar, em Guadalupe. Somente Lloris, Pavard, Giroud e Thauvin são totalmente franceses.

A diferença de cultura, aliás, lembra muito 1998, uma vez que a seleção foi campeã do mundo sob a batuta de Zidane, nascido em Marselha, mas de origem argelina. Ainda havia Marcel Desailly, nascido em Gana; Patrick Vieira, de Senegal; além de Lilian Thuram e Thierry Henry, de Guadalupe.




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