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Ciro Gomes nega ter fechado questão sobre aumento de impostos, caso eleito
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08/05/2018 | 01:37
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O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, negou que já tenho definido, caso eleito, recriar o imposto sobre o cheque (CPMF), aumentar a alíquota de tributos e taxar lucros e dividendos. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Band Eleições, da Band, transmitido na madrugada desta terça-feira, 8.

Na semana passada, o responsável pelo programa econômico de Ciro, o economista Mauro Benevides Filho, defendeu o aumento de tributos, a taxação de lucros e dividendos e o retorno da CPMF. "Ainda não (decidimos sobre impostos), mas estamos recebendo ideias. E é isso que ele (Benevides Filho) anuncia. Nossa campanha vai ser feita com absoluta transparência", disse Ciro. Na pesquisa de intenção de voto do Datafolha de abril, Ciro tem entre 5% e 9%, dependendo do cenário.

Apesar de dizer que ainda não fechou questão sobre criar ou recriar impostos, Ciro colocou alguns "pingos nos is" sobre seu ponto de vista sobre o tema. "Precisamos aumentar impostos sobre os ricos e diminuir imposto sobre a classe média." O pedetista afirmou que taxar lucros e dividendos é algo que "o mundo inteiro faz, menos o Brasil e a Estônia", e defendeu a taxação maior sobre heranças. "Mas as grandes (heranças), a classe média não tem de fazer isso porque ela já paga na fonte, mas o rico paga no máximo 8%." Sobre a volta da CPMF, Ciro afirmou que a incidência do imposto seria exclusiva para grandes transações. "Quem gasta até R$ 2 mil, não faz sentido cobrar", disse.

Questionado sobre a reforma da Previdência e a resistência de partidos em debatê-la, o pedetista afirmou que "a esquerda está completamente enganada" em renegar tal discussão. "A esquerda moderna sabe que o Estado só vai ter capacidade de mudar a vida das pessoas, proteger a família brasileira dos altos índices de criminalidade, se o Estado tiver dinheiro. Caso contrário, é falta de experiência ou má fé."

O pré-candidato foi confrontado com o fato de defender uma política mais limpa, mas em 2002 ter formado uma chapa presidencial com Paulinho da Força (hoje no Solidariedade) para concorrer ao Planalto. Segundo o pedetista, Paulinho não era alvo de denúncias à época. Ciro também disse não achar o fato de ser ficha limpa uma vantagem competitiva em relação aos outros candidatos. "Sou ficha limpa, nada mais isso do que minha obrigação."




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