O governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), enviou ontem à Câmara projeto que prevê reajuste salarial de aproximadamente 3% para o funcionalismo. O texto foi aprovado pela Casa.

O índice estabelecido pelo Paço leva em consideração a correção da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do período de março de 2017 a fevereiro deste ano, somado a 1% a título de aumento real. A estimativa é que o acumulado da inflação deva ficar em torno de 2%.

Com o projeto avalizado, o município passa a ser o primeiro a aprovar reajuste para o funcionalismo neste exercício.

Apesar disso, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo reclamou de “falta de diálogo” por parte do governo acerca do reajuste e afirmou que o aumento aprovado ontem na Câmara não foi sequer votado pela categoria em assembleia. O funcionalismo havia aprovado campanha salarial que exigia aumento salarial de 10,57%, mais outros reajustes em diversos benefícios, como o vale-refeição.

O presidente do Sindserv, José Rubem, afirmou ao Diário que a entidade já ingressou na Justiça com mandado de segurança para obrigar a Prefeitura a “negociar com o sindicato”. Questionado se a intenção do Sindserv era de derrubar o aumento salarial judicialmente, Rubem afirmou que essa decisão ficará a cargo da Justiça. “Não pedimos especificamente que o reajuste seja derrubado, mas que o governo seja obrigado a negociar com o sindicato. Se o juiz entender por bem suspender o reajuste salarial, a decisão será dele.”

Morando contestou o Sindserv e garantiu a legalidade do reajuste, que beneficiará cerca de 13 mil funcionários públicos na ativa.