Política Titulo Eleição de 2000
PT de Mauá ainda paga indenização por acidente

Família recebe R$ 3.700 devido à morte de militante em campanha durante ato da sigla

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
26/12/2017 | 07:09
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Fora do comando da Prefeitura de Mauá e com um único filiado com mandato na Câmara (Marcelo Oliveira), o PT mauaense tem que contar as moedas para pagar indenização vitalícia em razão de condenação judicial após acidente fatal provocado durante a eleição de 2000 na cidade.

No pleito daquele ano, um ato de campanha eleitoral da sigla entrou como responsável pelo atropelamento do pedreiro Ailton Barbosa de Castro, que foi atingido por veículo quando tentava atravessar a Avenida Castelo Branco, no Jardim Zaíra. Na ocasião, militantes petistas faziam panfletagem e bandeiraço no trevo da via com a Barão de Mauá quando um caminhão atingiu Castro. O motorista alegou que não viu o pedestre por conta das bandeiras. Castro chegou a ser socorrido, mas não resistiu. A atividade foi atribuída à campanha do então vereador Wagner Rubinelli (hoje no PCdoB), atual secretário de Trabalho do governo Atila Jacomussi (PSB). Ele citou que os militantes trabalhavam para o partido e não para ele – foi retirado do processo por falta de provas.

A princípio, a Justiça de Mauá condenou o diretório petista local a pagar indenização de cerca de R$ 300 mil, além de pensão vitalícia no valor de R$ 1.150 à família da vítima. Os envolvidos recorreram da pena e, em 2012, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença e chegou a bloquear a conta da legenda por insuficiência de recursos no banco. O valor da indenização foi dividido em uma centena de parcelas.

Atualmente, o partido conta com a ajuda dos filiados para custear aproximadamente R$ 3.700 todo mês. “Nós fazemos atividades mensais para ajudar na contribuição do PT com a doação para pagar essa conta. Promovemos feijoadas, noites da pizza e porco no rolete”, alegou o presidente do PT de Mauá, Getúlio Júnior, conhecido como Juninho. O mandatário da sigla explicou ainda que, por conta dessa dívida, a legenda não consegue custear outras despesas. “O PT de Mauá não pode pagar um funcionário, por exemplo, para atender as pessoas e deixar o diretório aberto todos os dias. Poderíamos também manter um jornal mensal e também não podemos manter. Então, tem diversas dificuldades por conta desse débito do processo”, frisou. 




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