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Clientes lotam ruas de comércio da região

Em busca dos presentes de Natal, consumidores fazem filas em lojas de Santo André e São Bernardo

Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
24/12/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Centenas de consumidores com sacolas, outros com crianças no colo, barracas de ambulantes atraindo freguesia, lojas com filas quilométricas e muitos comerciantes satisfeitos. Esse foi o cenário durante todo o dia ontem no calçadão da Rua Oliveira Lima (principal centro de comércio popular de Santo André) e na Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. Muitos com 13º salário no bolso, os clientes estavam à procura de presentes para o Natal. Diante da quantidade de pessoas nem parecia que este foi um ano de crises política e econômica.

A dona de casa Ingred Thomas, 34 anos, reservou R$ 200 para comprar brinquedos e algumas utilidades para a casa. “Há muitas opções de até R$ 30, ou menos. É dessa forma que consigo presentear a todos.” A falta de tempo foi a justificativa para enfrentar o grande movimento. “A correria do dia a dia faz a gente vir na antivéspera e até mesmo no dia”, brinca a cliente.

Nas vitrines do calçadão andreense blusinhas por R$ 14,99, bolsas por R$ 19,99, bermudas por R$ 14 e bonecas por R$ 19,90. Sapatos femininos eram encontrados por R$ 59,99 e calças jeans masculinas por R$ 90.

A auxiliar administrativa Thailine Silva, 24, levou o filho para escolher seu presente natalino. “Posso gastar até R$ 100 com ele e R$ 50 com o amigo secreto da família. Fazemos a brincadeira para não precisar dar presentes a todos”, detalha. Outros R$ 150 serão utilizados no mercado para a preparação do prato que levará na ceia. “Apesar de trabalhar até ontem (sexta-feira), prefiro fazer compras no centro da cidade por causa dos preços mais em conta. Não tem como comparar com shoppings.”

Para o proprietário do box de lingerie da Oliveira Lima João Lins, 55, o movimento até a véspera de Natal aumenta 200% em comparação ao demais dias do ano. “Temos opções de R$ 10 a R$ 100, para todos os bolsos e gostos. Mas, apesar de estarem gastando, noto que 80% do pessoal parcela a compra. Ou seja, não tem sobrado dinheiro no bolso.”

Produtos de maior valor agregado, como os tênis, também tiveram alta procura, mas com uma ressalva. “Os consumidores buscam os de até R$ 150 e ainda parcelam. Os mais caros não estamos vendendo. Mesmo assim, tivemos um crescimento entre 20% e 30% nas vendas, índices iguais aos de 2016”, conta Edmundo Rocha, gerente da loja Deny Sports, em Santo André.

O casal Vanda e Marcos Melo, 35 e 29 anos respectivamente, levou a bebê às compras na Rua Marechal. “Vamos usar parte do 13º para presentear a família toda. E por isso, vamos pagar à vista." 

E não foram apenas os lojistas que ficaram satisfeitos com este fim de ano. Há 30 anos em uma esquina da tradicional Marechal, a ambulante Daniele Liliane Castro, 42, vê a renda ficar 40% maior em datas comemorativas por conta do movimento do comércio local. “Vendemos produtos de milho, mas o que mais sai é o milho cozido no prato, a R$ 5,50, e o suco, a R$ 7”, explica.

Segundo a PM (Polícia Militar) em Santo André e a Guarda Civil Municipal de São Bernardo, cerca de 500 mil e 100 mil pessoas passaram ontem pelos locais, respectivamente. Normalmente, esses números ficam em 300 mil e 50 mil.  




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