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Escolas de samba buscam verba federal para o Carnaval de 2019

Criação de frente parlamentar pretende discutir propostas para viabilizar a festa

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
16/12/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Diante do cenário de falta de subsídios municipais para viabilizar o Carnaval 2018, as escolas de samba do Grande ABC, organizadas em uma liga regional, pleiteiam auxílio do governo federal para garantir o retorno da tradicional festa popular em 2019. A criação de frente parlamentar, nesta semana, consiste no primeiro passo para que as discussões sobre o tema avancem.

A Frente Parlamentar em Defesa da Economia Criativa do Carnaval e das Escolas de Samba foi oficializada na terça-feira, em Brasília, com presença de integrantes da Fenasamba (Federação Nacional das Escolas de Samba), além da presidente da Uesma (União das Escolas de Mauá) e da Liga das Ligas das Escolas de Samba do ABCDM, Meire Terezinha da Silva. A criação foi possível após a assinatura de 198 deputados e 27 senadores, além de integrantes de 606 comunidades carnavalescas do País.

Conforme o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), que participou da mesa junto ao parlamentar Vicentinho (PT), o problema identificado nacionalmente foi a falta de atenção do poder público em relação ao tema. “Entidades perderam seus espaços e muitas tiveram os subsídios dos desfiles retirados. O que pretendemos com a frente é fazer discussão em plano nacional de como dar apoio a estas escolas, que são importantes na dimensão econômica, com a geração de empregos, isso sem falar na parte cultural”, explicou.

O principal objetivo é que o Ministério da Cultura possa contribuir financeiramente com as agremiações. “Minha impressão é que o prazo é muito curto (para 2018), mas queremos um programa permanente. Entendemos que as cidades vivem dificuldades financeiras, então a União pode tentar ajudar nesta questão, com orçamento próprio para a frente”, disse.

Representante da região no encontro, Meire Terezinha destacou que a frente parlamentar é positiva e abre caminhos para a região, principalmente a longo prazo. Segundo ela, além da possibilidade de recebimento de verba, a frente possibilita a criação de comissão para elaboração de projetos e políticas de financiamento. “Não conseguimos nenhuma verba para agora (Carnaval 2018), mas abrimos caminho para futuros encaminhamentos. Um exemplo é que a frente também pode pleitear, junto ao Ministério do Trabalho, que os trabalhadores sejam incluídos em regime de contratação especial temporária”, disse.

São Bernardo cede área para desfiles e oferece apoio com trânsito e Segurança

A Prefeitura de São Bernardo confirmou a cessão de espaço para a realização do Carnaval 2018 no dias 11 e 12 de fevereiro, em área atrás do Ginásio Poliesportivo Municipal. Entretanto, não haverá subsídio para as escolas que pretendem participar dos desfiles. A administração oferecerá apenas o local e apoio com trânsito e Segurança Pública.

Serão nove escolas desfilando com bateria, mestre-sala e porta-bandeira e algumas alas. Para o próximo ano vamos apresentar projeto de PPP (Parceria Público-Privada)”, destacou o presidente da comissão oficial dos presidentes do Carnaval de São Bernardo, Marcelo Silva de Verçosa.

A Terceira Idade Brilha deve utilizar as fantasias dos anos passados. “Muitos componentes já se dispersaram, mas estamos animados”, disse a diretora financeira Isabel Donizetti da Silva.

Embora a festa tenha sido descartada oficialmente pelas administrações das demais cidades, agremiações ainda estudam formas para viabilizar os desfiles.




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