Pintado é a bola da vez no Santo André. Um dia após dispensar Jair Picerni, a diretoria agiu rápido e acertou com o treinador para comandar a reformulação do time para a temporada 2011. O contrato, assinado no início da noite de ontem, tem duração de um ano. Além do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, no primeiro semestre, o Ramalhão disputa a Série C do Campeonato Brasileiro na segunda metade do ano.

O último trabalho de Pintado foi no Club Leon, da Segunda Divisão mexicana, onde permaneceu até o mês passado. "Foi uma grande experiência. Peguei o time com um ponto em 21 possíveis e consegui ótima recuperação, ganhando 24 dos 30 pontos em disputa. Não avançamos para a final pelo saldo de gols", contou o treinador, que comandou o Mirassol no Paulistão.

Aos 45 anos, Pintado, que passou pelo São Caetano em 2008, mostra muita disposição. "Podem existir técnicos melhores, mas posso garantir que não há ninguém com mais vontade de comandar o Santo André do que eu", assegurou. "Não cheguei para o time rebaixado à Série C do Brasileiro e sim para o atual vice-campeão paulista. Esse time que quero resgatar", completou.

Um dos primeiros compromissos do treinador é melhorar a autoestima do grupo, abalada após o rebaixamento. Para isso, o treinador pretende se aproximar dos jogadores quando todos retornarem das férias, no dia 27. "Quero olhar no rosto de cada um e ver qual o sentimento deles pelo clube e a vontade de permanecer no elenco. Depois disso vamos trabalhar com dispensas e contratações. Montaremos um grupo de muita vontade", disse.

Mesmo no futebol mexicano, Pintado garantiu que esteve ligado na Série B e revelou desejo antigo de comandar o Ramalhão. "Já houve outras paqueras com o clube, mas nunca conseguimos chegar a acordo. Desta vez deu tudo certo e quero retribuir a confiança que a diretoria está depositando em mim com muito trabalho", ressaltou.

Eterno ídolo do São Paulo - onde conquistou por duas vezes a Libertadores, o Mundial de Clubes e o Campeonato Paulista como jogador -, Pintado começou a carreira de técnico em 2004, na Inter de Limeira. Apesar de apenas seis anos na profissão, avisa que tem conhecimento de sobra. "Sei como fazer, mas preciso da ajuda de todos, desde a diretoria, os torcedores, e até os jogadores. Estou muito alegre e com vontade de começar a trabalhar logo", finalizou, deixando claro a ansiedade.