Hoje a data é de alerta: 26 de abril é marcado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. E não é por menos. A doença é a maior causa de morte no mundo. O coordenador da cardiologia do Hospital e Maternidade Dr. Christovão da Gama e presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) – Regional ABC, Rogério Krakauer, explica que o problema tem perfil silencioso. “A maioria das pessoas passa muitos anos com pressão alta, sem se cuidar, mas os vasos sanguíneos e o corpo inteiro são afetados”, fala.

O Grande ABC, segundo dados mais recentes – de 2013 – do Siab (Sistema de Informação da Atenção Básica), do Ministério da Saúde, registrava 179.938 casos de hipertensão arterial em pessoas acima de 15 anos.

O fator genético é a causa principal para desenvolver a doença. “Obesidade, diabete, colesterol, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo aumentam ainda mais a prevalência da hipertensão”, afirma o médico.

No entanto, a doença ataca as mais diferentes pessoas. Exemplo é a enfermeira Rosangela Maria Moraes Culler, 34 anos, de Santo André. Ela tem a mãe e o irmão mais velho com hipertensão. Descobriu o problema neste ano. “O fato de ser jovem e estar fora dos parâmetros de uma pessoa hipertensa me deixou um pouco surpresa”, conta.

A aposentada Isaura Pereira, 74, controla a diabete, uma das consequências que podem resultar da hipertensão. “Geralmente, quem tem pressão alta tem diabete, e eu não escapei”, lamenta.

O médico lista atitudes que podem ajudar na prevenção. “Questionar a família de primeiro grau para ver quem tem hipertensão e, a partir desse momento, fazer acompanhamento médico, exercício físico, boa alimentação e medir a pressão duas vezes ao mês, independentemente de sinais ou sintomas.”