As negociações entre a Prefeitura de Mauá e o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) do município podem ter um desfecho na semana que vem, quando será realizada nova reunião entre as partes. O impasse está na ausência de contraproposta por parte do Paço.

A proposta do Sindserv é requerer abono de R$ 400 mensais até o fim de 2018 e a incorporação do auxílio-alimentação, no mesmo valor, aos rendimentos. A reposição salarial pela inflação foi descartada pelo sindicato. “Entendemos que a correção apenas pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) não seria vantajosa. O ganho salarial do abono até o ano que vem já seria uma incorporação ao salário de toda a categoria”, explicou o presidente do Sindiserv, Jesomar Alves Lobo.

A Prefeitura confirmou, por meio de nota, que “os índices e bônus estão sendo estudados e pendentes da negociação entre as comissões”. Atualmente, a folha de pagamento do Executivo, sem contar as autarquias, possui quadro de 6.000 funcionários e soma R$ 23 milhões ao mês, o que representa 33,25% da receita total da Prefeitura (considerando os dados entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017).

As conversas entre o Paço e o Sindserv estão sendo conduzidas pelos titulares das Pastas de Finanças, Valtermir Pereira, de Assuntos Jurídicos, Rogério Babichak, de Governo, João Gaspar, e de Administração e Modernização, Paulo Sérgio Pereira, além de quatro integrantes do sindicato.

A comissão de negociação foi criada por decreto do prefeito Atila Jacomussi (PSB) em março e prevê que o grupo realizará reuniões periódicas e debaterá soluções para conflitos trabalhistas.