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Embraer: venda de açoes nao feriu acordo com governo
Por Do Diário do Grande ABC
10/12/1999 | 09:38
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O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse nesta sexta que nem o Ministério da Aeronáutica, nem o Ministério da Defesa e nem qualquer outro órgao ligado ao governo foram consultados sobre a decisao da empresa de vender 20% das açoes com direito a voto para o consórcio francês liderado pela Aerospatialle-Mafra. Botelho disse que a consulta nao foi feita porque a venda, concretizada em novembro, nao fere o acordo de acionistas que prevê a participaçao de sócios estrangeiros limitada a 20% e também nao fere nenhum dos pontos sobre os quais o governo tem direito a veto, em razao da detençao da golden share.

Segundo ele, sao sete os pontos em que o governo pode exercer açao de veto: 1) mudança do objetivo social da empresa, 2) uso da marca, 3) transferência de tecnologia militar para terceiros, 4) criaçao ou alteraçao de poderes militares, 5) mudança do controle acionário , 6) alteraçao de representaçao no conselho de administraçao e 7) mudança do estatuto. Botelho atribuiu os comentários do ministro Élcio Alvares e da Aeronáutica, contrários à venda de uma parcela das açoes da Embraer aos franceses, a uma dose de paixao. Isso porque, explicou, a Embraer foi uma empresa do ministério da Aeronáutica e fez parte de um plano estratégico bem recebido. Seria, portanto, como se fosse uma "filha".

A Embraer prevê finalizar 1999 com um volume total de exportaçoes de US$ 1,7 bilhao, afirmou o presidente da empresa, Maurício Botelho, nesta sexta-feira.

Durante um seminário na Câmara Americana de Comércio de Sao Paulo, Botelho destacou que esse volume de exportaçoes representará um significativo aumento em relaçao às vendas da empresa no ano anterior, quando fechou o período com US$ 1,3 bilhao.

Até o mês de setembro a empresa já havia alcançado US$ 1,2 bilhao em exportaçoes.

Uma das empresas líderes no mercado mundial de avioes para vôos regionais, a Embraer vive um ``desafio permanente', disse Botelho, já que a empresa precisa ser competitiva em nível global para poder sobreviver e continuar se destacando.




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