Centenários de Candido Portinari (1903-1962) e de Lívio Abramo (1903-1992), aniversário de 40 anos do MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) com mostra do acervo, retrospectiva da obra do pintor Iberê Camargo, individual de José Pancetti e exposições sobre arte pop e arte chinesa são alguns dos eventos de destaque marcados para 2003. Os museus e demais espaços especializados já estão com suas programações prontas, embora elas ainda estejam sujeitas a eventuais alterações.

São raros os espaços que ainda não têm ou não divulgaram suas agendas, entre eles o Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), o Instituto Cultural do Banco Santos e o MuBE (Museu Brasileiro da Escultura Marilisa Rathsam). Agenda – No Brasil, 2003 será o ano de duas bienais. A do Mercosul tomará Porto Alegre (RS) a partir de outubro, com destaque para a mostra do muralista mexicano José Clemente Orozco (1883-1949). A Internacional de Arquitetura e Design de São Paulo ocorre em setembro. Na Itália, começa em junho a 50ªedição da Bienal de Veneza, a mais respeitada e tradicional bienal de arte do mundo.

Os importantes museus da capital que já iniciaram sua programação de 2003 são a Pinacoteca do Estado, com o pintor holandês Albert Eckhout (1610-1665), e o MAB-Faap, com retratos do acervo. Esta semana, o MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo) inaugura mostra sobre a Geração 80, na sede do Parque do Ibirapuera.

O mesmo MAM-SP também já iniciou sua programação no braço Villa-Lobos da instituição. É o projeto Olhar do Artista, que põe artistas plásticos como curadores (o primeiro é Sérgio Romagnolo). Durante o ano participarão por exemplo Nuno Ramos e Carmela Gross.

A Pinacoteca continua 2003 como museu exemplar, com programação ininterrupta e variada. O museu receberá mostras de Hélio Oiticica, Anatol Wladyslaw, do espanhol Barceló e do fotógrafo peruano Martín Chambi (1891-1973), entre tantas e boas outras.

Dois novos projetos devem ser tocados na Pinacoteca. Um diz respeito à realização de mostras do acervo e o outro é sobre a exposição de coleções particulares (preciosidades às quais o público raramente tem acesso).

A unidade paulistana do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) reafirma seu nome como importante espaço promotor de mostras de artes plásticas. Além de evento sobre arte pop, a instituição discutirá a produção de Arthur Bispo do Rosário (o artista esquizofrênico paranóide que esse ano também é tema do Calendário Burti).

Continuando a sina de a capital receber as chamadas megaexposições, a Oca do Parque do Ibirapuera receberá Cavaleiros de Xi’han, mostra de esculturas chinesas de quase 2m de altura feitas em terracota e datadas do século 2 a.C.

Espaços como o Ceuma (Centro Universitário Maria Antonia) reservam diversas mostras individuais para o ano.

Região – O Grande ABC terá em 2003 mostras dos salões de arte contemporânea de Santo André e de São Bernardo, cidades que também realizam programas anuais de exposições. A mostra do salão andreense começa em abril, enquanto a de São Bernardo fica para o final do ano.

Embora nova, a Pinacoteca de São Caetano já mostrou a que veio, realizando boas mostras em 2002. Este ano deve ser decisivo para a consolidação da instituição como espaço expositivo de importância para a região.

A artista plástica andreense Sandra Cinto terá mais um ano de muito trabalho. No MAM-SP, ela participa do Projeto Parede em junho. No Museu de Arte da Pampulha (MG), Sandra realiza em agosto sua primeira exposição individual em museu.

O também andreense Luiz Sacilotto, ícone e pioneiro do concretismo no país, deve ser lembrado a partir de quarta-feira em mostra sobre a arte concreta brasileira, realizada no México com promoção do MAM-SP.