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Brasileiro que vale ouro

Wagner Moura disputa hoje o Globo de Ouro,
em Los Angeles, pela atuação na série ‘Narcos’

Miriam Gimenes
10/01/2016 | 07:00
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Divulgação


 Até que demorou para o mundo conhecer o talento de Wagner Moura. O baiano, que ‘estreou’ sua carreira internacional há dois anos com o filme Elysium – em que atuou ao lado de Matt Damon, Jodie Foster e Alice Braga –, concorre hoje a um troféu ‘gringo’, o Globo de Ouro. Ele foi indicado na categoria melhor ator de série dramática, pela atuação em Narcos, da Netflix. A premiação será transmitida pelo TNT a partir das 23h.

Concedido pela HFPA (Associação da Imprensa Estrangeira de Holywood), o prêmio é visto como uma das prévias do Oscar, cuja lista sairá no dia 14. Na categoria ele competirá com Jon Hamm (Mad Men), Rami Malek (Mr. Robot), Bob Odenkirk (Better Call Saul) e Liev Schreiber (Ray Donovan).

Moura é acostumado a ganhar prêmios. Em seu currículo, desde 1997, dezenas de vezes foi eleito melhor ator em teatro, TV e cinema, principalmente pela atuação como Capitão Nascimento, em Tropa de Elite. Agora, no pele de um dos maiores traficantes da história da Colômbia, Pablo Escobar, ganhou notoriedade que rompeu as fronteiras tupiniquins. Tanto que foi tietado por Krysten Ritter, protagonista da série Jessica Jones, da Netflix e foi eleito pela revista norte-americana Variety um dos melhores atores de 2015. O The New York Times descreveu sua interpretação como ‘digna de prêmios’ e o The Hollywood Reporter disse ser ‘distante de clichês’.

Sua atuação não só rendeu críticas boas como agregou fãs à série. A psicóloga Ellen Farina, 35 anos, de São Caetano, se apaixonou pela história. “Mesmo com uma filha pequena, consegui assistir a tudo em uma semana e adorei. Não vejo a hora de sair a próxima temporada (em fase de gravação). Se depender de mim, ele já ganhou.” O reconhecimento, principalmente o internacional, é uma vitória pessoal do ator, que chegou a ser criticado por conta do sotaque castelhano apresentado na série.

Detalhe perto de um gigante em cena, que faz até esquecer até que ele foi um incorruptível capitão do Bope quando assiste à primeira temporada da série. “Fui à Colômbia me preparar para o papel antes mesmo da Netflix saber se eu seria o Pablo Escobar”, declarou. Se sua dedicação fosse determinante para vencer hoje, o troféu já seria verde e amarelo. Que assim seja.




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