Política Titulo De São Bernardo
Grande ABC terá nome em comissão do impeachment

Alex Manente, de S.Bernardo, é indicado pelo PPS para grupo que analisará processo de impedimento de Dilma

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/12/2015 | 07:00
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Câmara dos Deputados/Divulgação


O Grande ABC terá representante direto na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O deputado federal Alex Manente, de São Bernardo, foi indicado ontem pelo PPS para representar a legenda no grupo que produzirá relatório a respeito da solicitação de impedimento feita pelos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo pelas ‘pedaladas fiscais’.

Alex tende a se manifestar a favor do impeachment. No início do ano, formulou um pedido próprio de desligamento da presidente, mas não chegou a protocolar por entender que o requerimento de Reale Júnior e Hélio Bicudo estava “melhor fundamentado”.

“Minha missão será de cumprir os anseios e sentimento da população. A tendência é ser favorável (ao impeachment), mas temos de fazer uma análise além da política neste caso. É se debruçar e analisar todos os elementos colocados”, afirmou Alex, que disse “ter responsabilidade com a Nação”.

Pelos ritos do processo de impeachment, a comissão especial – formada a partir da regra de proporcionalidade dos partidos na Casa – terá prazo para elaborar relatório, que posteriormente será lido em plenário. O parecer pode ser a favor ou contra o pedido de Hélio Bicudo e Reale Júnior. Dilma tem até dez sessões para protocolar sua defesa, que também será analisada por essa comissão.

O grupo será formado por 65 integrantes, sendo que o PMDB e o PT poderão apresentar oito nomes cada um. O PSDB terá seis assentos; PP, PSD, PSB e PR quadro cada um; PTB três; DEM, PRB, Solidariedade, Pros, PDT, e PSC dois; e terão um deputado PHS, PTN, PMN, PEN, PCdoB, PPS, PV, Psol, PTC, PTdoB, Rede Sustentabilidade e o recém-criado PMB (Partido da Mulher Brasileira).

Algumas dessas siglas já anunciaram quem serão os representantes no bloco: Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Ivan Valente (Psol-SP), Arthur Maia (SD-BA), Paulinho da Força (SD-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Bruno Araújo (PSDB-PE).

LEITURA
Cunha fez a leitura ontem, em plenário, da decisão em que acatou pedido de abertura do processo de impeachment de Dilma. A decisão de Cunha tem mais de 20 páginas.

A leitura é requisito para o início do processo de impeachment. Depois, Cunha irá determinar a criação da comissão especial que vai analisar a denúncia. Antes de Cunha, o primeiro secretário da Casa, deputado Beto Mansur (PRB-SP), leu, na mesa da Câmara, os documentos que serviram de base para o pedido de impeachment. Ao todo, Mansur fez a leitura das 68 páginas da denúncia.

Em um trecho da denúncia, lida por Mansur, os denunciantes apontam que “a presidente da República também cometeu crime de responsabilidade ao editar, nos anos de 2014 e 2015, uma série de decretos sem número, que resultaram na abertura de créditos suplementares, de valores elevados, sem autorização do Congresso Nacional”.

Em outra parte do documento, os autores do pedido abordaram as investigações da Operação Lava Jato onde “defendem a tese de que a presidente agiu com dolo, e não apenas culpa” por não ter evitado a compra da Refinaria de Pasadena, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras. (com ABr) 




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