Diego Souza irá desfalcar o Palmeiras no confronto de volta contra o Atlético-GO, quinta-feira à noite, no Serra Dourada, pela Copa do Brasil. Ele teria sentido uma fisgada no adutor da coxa direita na Academia de Futebol. O departamento médico resolveu tirá-lo da viagem de ontem à noite a Goiânia,

A suposta lesão aumenta muito mais as desconfianças que o envolvem, principalmente os intermináveis conflitos entre o meia e uma parte das organizadas. Além da provável contusão, Diego Souza recebeu a má notícia de que vai a julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pelos gestos obscenos aos torcedores que o vaiaram no 1 a 0 sobre o Atlético-GO no duelo anterior. Ele está incurso no artigo 258-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (provocar o público), que prevê suspensão de duas a seis rodadas. Se fosse punido, ele cumpriria no Brasileirão e na Copa do Brasil.

Os demais jogadores procuram sair em defesa do colega, mas acham que ele tem administrado erradamente a situação. Lincoln disse que já passou da hora de o amigo pedir desculpas aos possíveis ofendidos. "Eu já teria encerrado este assunto, mas a gente não sabe o que passa na cabeça dele. Ele não falaria a vocês (repórteres), mas a uma nação", afirmou.

Cleiton Xavier também havia sugerido a Diego que solucione depressa o episódio.

O gerente de futebol Seraphim Del Grande negou que o atacante Fernandão, brigado no Goiás, esteja nos planos do Palmeiras. "É uma coisa que não existe. Tivemos interesse antes, mas agora está fora dos planos", avisou o dirigente, que não perdeu a chance de ironizar os goianos. "É possível que o Goiás queira nos usar para repassá-lo a outros clubes", disse Del Grande, que voltou a enfrentar a recusa da CBF em inscrever o zagueiro Leandro Amaro (Botafogo-SP) na tentativa de ainda utilizá-lo no torneio nacional.

Enquanto isso, a política do Palmeiras esquenta nos bastidores do Palestra Itália. Os adversários de Luiz Gonzaga Beluzzo prometem protocolar hoje um documento que contém 130 assinaturas para pedir explicações ao presidente a respeito da construção da Arena. O argumento é o de que a diretoria não tem aval para tocar as reformas e que isso possa prejudicar o Palmeiras no futuro. O Conselho Deliberativo deve convocar uma reunião para discutir o tema.