Blat disse ser contra a medida. “Na verdade, é um retrocesso esse monopólio da polícia. É um absurdo. Quando um delegado deixar de investigar, quem irá fazê-lo?”, indagou o promotor.
Esse será um dos assuntos a serem abordados pelo promotor em debate a ser realizado no próximo dia 25, às 19h, na Câmara de Mauá. Ele ainda vai falar da atuação do MP e do Poder Legislativo no combate ao crime organizado.
Para ele, o MP deve ter autonomia para investigar na excepcionalidade. “O Ministério Público não quer a presidência do inquérito feita por delegado de polícia, mas quer mecanismos de controle”, afirmou.
Blat acha que nenhum órgão pode ter exclusividade. “O MP não quer tomar o inquérito da polícia, mas quer investigar em casos excepcionais. Há casos em que a cúpula da polícia pode estar envolvida em crimes. Nesse tipo de caso, os promotores poderiam atuar.”
O debate está sendo organizado pelo deputado federal Wagner Rubinelli (PT-Mauá), integrante da CPI da Pirataria, e vai abordar também o crime organizado. Blat disse que vai falar do trabalho do MP desenvolvido com o Poder Legislativo. Entre eles, o da CPI da Pirataria. “A parceria com o Legislativo é importante na apuração da corrupção”, afirmou Blat.
O promotor acrescentou que no evento irá contar os bastidores das investigações envolvendo o crime organizado.
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