O presidente Eduardo Duhalde busca atenuar o impacto para pessoas e pequenas empresas, de uma desvalorização que terminará com quase 11 anos de convertibilidade (um peso igual a um dólar), segundo o jornal Clarín (de maior circulação).
Embora esta seja a proposta com maior consenso, haveria em estudo outro projeto mais ortodoxo para desvalorizar livremente sem amortizações de nenhum tipo, segundo fontes citadas nesta sexta-feira pelo canal de televisão a cabo TN.
O Governo imporá um novo tipo de câmbio comercial de um dólar igual a 1,35 peso, só para as operações vinculadas a comércio exterior, enquanto o resto do mercado terá livre flutuação cambial, informou na quinta à noite um senador do Partido Justicialista, que pediu para não ser identificado.
Esse novo tipo de câmbio implicaria uma desvalorização da moeda nacional de 25% para operações comerciais e financeiras. Para o resto haverá um mercado livre que fixará o valor em função da oferta e da procura.
O projeto de lei ônibus que o Executivo enviará ao Parlamento para sua apreciação e aprovação prevê a 'pesificação' das dívidas com os bancos até US$ 100, incluindo empréstimos e cartões, coincidiram os jornais argentinos.
As tarifas dos serviços públicos privatizados no início da década passada passariam a ser regidas em pesos, sem vínculos com a inflação dos Estados Unidos, como ainda ocorre atualmente segundo os contratos firmados. Os aluguéis e os contratos serão mantidos em pesos por 180 dias e em seguida renegociados.
O Governo seria autorizado a fixar preços máximos em gêneros de primeira necessidade e em mercados monopólicos, principalmente em medicamentos e combustíveis.
O Banco Central prorrogou até as 20h locais (21h de Brasília) desta sexta-feira a vigência da convertiblidade, um a um, para as dívidas bancárias em dólares, o que obriga os bancos a aceitar pesos em lugar de dólares, para abonar cotas de empréstimos, cartões de créditos e faturas.
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