A Polícia Ambiental vistoriou na sexta-feira um terreno de 96 mil m² no bairro Sertãozinho, em Mauá, onde no dia anterior foi constatado corte irregular de árvores. Para a corporação, o desmatamento “não foi tão grave”. “As poucas árvores de médio porte derrubadas não parecem ter sido cortadas. A maioria das espécies derrubada foi eucalipto”, diz o sargento Bertole, responsável pela fiscalização no Grande ABC da Polícia Ambiental. O proprietário da empresa que executava o corte das árvores na quinta, Leonardo Quadra, disse que a idéia era desmatar todo o terreno, com metragem equivalente a dez campos de futebol.
Segundo a Polícia Ambiental, o total de área desmatada é de 25 mil m², sendo 7,5 mil m² de área protegida, por estar nos
Na ocasião, a administração municipal informou que a ação de derrubada tem como agravante o terreno ser uma APP (Área de Preservação Permanente). A área foi assim classificada pela Prefeitura por ter curso d’água e terreno em declive, além de apresentar vegetação de mata atlântica de médio porte. Na sexta-feira, Sônia Antico, diretora do Departamento de Projetos Urbanos e Meio Ambiente de Mauá, reafirmou que a multa se baseou na falta da licença. “Há um pedido de licença para o corte aberto na Prefeitura, mas a proprietária ainda não tinha sido autorizada.”
Para derrubar qualquer tipo de árvore em APP, é necessária ainda uma autorização do DPRN (Departamento de Proteção aos Recursos Naturais), órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Procurado, o órgão disse não ter conhecimento de que a proprietária do terreno tivesse tal autorização. O DPRN informa ainda que o eucalipto é livre para o corte, desde que não seja numa APP. Neste caso, caberá à Polícia Ambiental fiscalizar e autuar os responsáveis. A polícia disse, porém, que para autuá-los é preciso o flagrante, o que não será possível em função de a área estar embargada pela Prefeitura.
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