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Felipão monta seu álbum com os 23 jogadores que buscarão o hexa no Brasil

Sem surpresas, treinador se diz tranquilo com falta de experiência do time em Copas

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
08/05/2014 | 07:00
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Fim do mistério. Agora o Brasil já sabe quem são os representantes da Seleção para a luta pelo hexacampeonato da Copa do Mundo. Sem surpresas, o técnico Luiz Felipe Scolari montou sua nova família de 23 jogadores para levantar a taça mais uma vez, como fez em 2002.

A lista é composta de atletas que já vinham acompanhando Felipão desde o início desta sua segunda passagem pela Seleção, desde 2012. Dos 23 convocados, apenas seis já disputaram um Mundial: o goleiro Julio Cesar, os laterais Daniel Alves e Maicon, o zagueiro Thiago Silva, o volante Ramires e o atacante Fred. Destes, somente o goleiro do Toronto e o atacante do Fluminense jogaram a Copa em 2006. É a maior renovação da Seleção em 64 anos.

Apesar disso, Felipão não teme que o grupo sofra com a inexperiência durante o Mundial. “Vamos ter de passar nossa experiência, a da comissão, que já viveu a Copa do Mundo. E vamos chamar alguns ex-campeões mundiais, que têm bagagem, para que venham e nos ajudem com palestras. Mas o que esses jogadores estão ganhando nas competições que jogam (na Europa) me faz acreditar que não sentirão muito a diferença”, minimizou.

Felipão acredita que a vivência dos jovens Oscar, Willian, Neymar e Bernard em torneios como a Liga dos Campeões da Europa e Liga Europa – além do talento –, lhes dá condições para disputar uma Copa.

O contraponto desta juventude vem dos atletas que atuam no Brasil. Os goleiros Jefferson, do Botafogo, e Victor, do Atlético-MG, têm 31 anos, enquanto o atacante Fred, do Fluminense, tem 30 e seu reserva, Jô, do Galo mineiro, tem 27. Aliás, com a convocação destes quatro atletas, pela segunda vez na história nenhum jogador de clube paulista é convocado à Seleção – a primeira havia sido em 1930, quando só atletas de equipes cariocas foram chamados. Em 2010, Robinho foi o último, quando atuava pelo Santos.

Além deles, Felipão chamou outros operários de sua confiança, todos do futebol europeu: os laterais Daniel Alves, do Barcelona, Maicon, da Roma, Marcelo, do Real Madrid, e Maxwell, do Paris Saint-Germain. Os zagueiros serão Thiago Silva, também do PSG, David Luiz, do Chelsea, Dante, do Bayern de Munique, e Henrique, do Napoli, este o único nome que gerou mais polêmica na lista para a Copa, já que opções como Miranda, do Atlético de Madrid, vivem momentos melhores.

No meio, os cães de guarda serão Luiz Gustavo, do Wolfsburg, Paulinho, do Tottenham, Fernandinho, do Manchester City, Ramires, do Chelsea, e Hernanes, da Inter de Milão. Já a armação ficará a cargo da dupla do Chelsea: Oscar e Willian.

Na frente, Neymar, do Barcelona, Fred, Jô, Hulk, do Zenit, e Bernard, do Shakhtar Donetsk, foram os chamados para fazer os gols que podem colocar a sexta estrela na camisa canarinho.

A apresentação da Seleção Brasileira está marcada para o dia 26, na Granja Comary, em Teresópolis, onde a equipe vai se preparar para a Copa, com início no dia 12 de junho com o jogo contra Croácia, no Itaquerão, em São Paulo.

BOM SENSO

Para evitar o oba-oba em cima da Seleção Brasileira, especialmente em ano eleitoral, o técnico Luiz Felipe Scolari pediu à imprensa, aos políticos e aos patrocinadores do selecionado que evitem assediar os jogadores na Copa do Mundo.

“Espero que tenham o bom senso de saber que não é o momento para recebermos A, B ou C. Vamos convidar, mas espero que todos saibam que não é o momento. Agora é trabalho, focar na Seleção, e espero que tenhamos esse respeito”, pediu.

A principal preocupação do treinador é com Neymar, que será um dos mais blindados do grupo. “Há situações que (ele) precisa ser preservado, alguém precisa assumir e dizer que ‘não’”, afirmou Felipão.

O comandante da Seleção também fez um apelo aos jogadores para que utilizem as redes sociais com parcimônia para evitar saias justas durante o Mundial. “Vamos dar aos jogadores liberdade para que se manifestem, se comuniquem nas redes, mas desde que não interfira no nosso trabalho, numa situação de conflito no nosso grupo. Sabem disso, foi assim na Copa das Confederações. Mas não vamos proibir, vamos orientar”, concluiu Felipão.




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