Política Titulo Processo eleitoral
Padin fala em rigidez no julgamento de contas

Presidente do tribunal destacou que fundo partidário motiva atenção maior da Corte

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
26/03/2018 | 07:00
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Presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin afirmou ao Diário que o financiamento público das campanhas eleitorais deste ano deve fazer com que a Corte adote uma postura ainda mais rigorosa.

Na visão do magistrado, o tribunal vai fortalecer a fiscalização dos recursos públicos que irrigarão o pleito de 2018. “Esta tem sido uma preocupação que todos os tribunais têm tido, que é a de verificar o bom uso do dinheiro na campanha (por votos), ainda mais com a criação do fundo público eleitoral e também dos repasses aos partidos. Com esse novo critério, já temos hoje um acompanhamento mais detalhado e paulatino, na internet, da arrecadação dos recursos e dos gastos de candidatos e siglas”, pontuou.

Padin destacou ainda que a análise das prestações de contas tende a ser mais rígida. “Vamos atuar de forma inflexível, pautando sempre a exigibilidade da disciplina na prestação de contas, entre outros aspectos. Há uma disciplina geral da eleição por meio das resoluções e através do Código Eleitoral, da Constituição e todo esse arcabouço será exigido e posto em prática”, sustentou.

A previsão é que as eleições deste ano tenham um fundo de R$ 1,7 bilhão. Além disso, os partidos médios e pequenos também tiveram um acréscimo nos valores repassados aos seus diretórios.

O presidente do TRE-SP analisou também que estará atento ao uso da internet, tanto para propaganda política quanto para as chamadas fake news. “Adotaremos a mesma linha do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que tem comitê para tratar da questão do uso das mídias sociais. A ideia é engajar núcleos que possam certificar e prevenir determinado uso indevido das redes sociais. Vejo que as próprias empresas têm prometido colaboração maior, e se comenta sobre nova calibragem do algoritmo”, enumerou.

Por fim, o desembargador informou que o cadastramento da biometria, que será obrigatória a partir de 2020, segue em ritmo normal. “Em termos nacionais passamos da casa dos 50%. Em São Paulo, dos 35 milhões de eleitores, quase 8 milhões deles já foram biometrizados. Ainda há bastante para avançar, mas temos tempo”, comentou.
 




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