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Cetesb vai intensificar fiscalização a caminhões poluidores
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
12/05/2007 | 07:04
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A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) vai intensificar até o final deste mês a fiscalização a caminhões que emitem fumaça acima dos níveis permitidos pela legislação brasileira. As ações acontecem em todo o Estado. Os locais da chamada Operação Inverno não são divulgados. O veículo que estiver fora dos padrões será multado em R$ 853.

O engenheiro Wanderley Costa, do setor de Operações, Programas e Regulamentação da Cetesb, explicou que o cerco ocorre por conta da proximidade do inverno, período em que as condições do ar ficam prejudicadas em razão da estiagem.

Durante a operação, que se estende até o final do inverno, serão feitos comandos em diversos pontos. “Se for necessário paramos o veículo. Em alguns casos, não é necessário, pois a fumaça preta já revela a irregularidade.”

A Cetesb usa a chamada escala Ringelmann para aferir o nível de emissão da fumaça que sai dos escapamentos de caminhões, vans e ônibus movidos a diesel. “A escala vai de 1 a 5. A legislação permite até o nível 2, em que a fumaça tem a cor cinza-claro. Basta a comparação visual para saber se o veículo está regulado ou não.” A operação Inverno é realizada desde 1976. Cerca de 500 fiscais estarão nas ruas.

No Estado, 94 oficinas são credenciadas pelo IQA (Instituto da Qualidade do Ar), órgão ligado ao Inmetro, para emitir certificado de inspeção dos veículos. O certificado concedido aos motoristas que utilizam esses estabelecimentos tem validade de seis meses. Na região, são seis oficinas (veja quadro).

Conforme explicou o técnico Neimar Caproni Pinto, da oficina Superturbo Bombas Injetoras, de Santo André, como cada fabricante de filtros e óleo define a quilometragem ideal para cada tipo de veículo, não há uma data-padrão para as revisões. “Por isso, o ideal é ficar atento à emissão, sobretudo agora, com essa onda de adulteração de combustível, e procurar uma oficina sempre que notar algum problema na emissão.”

No inverno, a poluição atinge principalmente quem tem doenças respiratórias, como asma e bronquite, alerta o pneumologista da Faculdade de Medicina do ABC, Adriano Cesar Guazelli.




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