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Duhalde quer formar aliança com setor produtivo
Do Diário OnLine
04/01/2002 | 14:41
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O novo presidente argentino, Eduardo Duhalde, afirmou nesta sexta-feira que pretende promover uma "Aliança Produtiva", que seria formada entre o setor público e privado, para tirar a Argentina da crise que já dura mais de 40 meses. No entanto, o presidente apenas confirmou que o peso será desvalorizado com o objetivo de aumentar a competitividade no setor produtivo.

Duhalde deixou claro que irá tentar recuperar a indústria nacional. De acordo com o presidente, o número de pequenos e médios empresários é tão pequeno que ele poderia recebê-los na sala de visitas de sua casa. Na opinião de Duhalde, a política econômica adotada no país durante a década de 90 priorizou o setor financeiro em detrimento das empresas.

O presidente também responsabilizou os governos anteriores pela crise que levou ao país a um "banho de sangue", referindo-se às manifestações populares contra o sistema econômico que deixaram 30 mortes. "Acreditamos durante muito tempo que houve só um modelo possível (a paridade), e isso é uma falácia", assegurou.

O presidente pediu aos empresários para que colaborem com o governo não fazendo remarcações excessivas nos preços. O presidente aproveitou para fazer um apelou ao sentimento nacionalista da população e pediu para que priorizem a compra de produtos nacionais, a fim de incentivar a produção e o comércio locais.

"O setor produtivo precisa se desenvolver porque só assim o país progride. As finanças são imprescindíveis, mas vem ficar no lugar que merecem", destacou o presidente.

No entanto, Duhalde fez questão de ressaltar que isso não significa que o país se tornará protecionista. "Todos os países do mundo fazem isso. Não estou falando do velho protecionismo", explicou.

O novo pacote, que deve ser aprovado pelo Congresso argentino ainda neste final de semana, colocará fim na paridade entre o peso e o dólar e vai adotar o câmbio um fixo e um flutuante.

O câmbio duplo tem o objetivo de reduzir os impactos da desvalorização do peso e do fim da paridade entre a moeda argentina e o dólar.




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