Duhalde deixou claro que irá tentar recuperar a indústria nacional. De acordo com o presidente, o número de pequenos e médios empresários é tão pequeno que ele poderia recebê-los na sala de visitas de sua casa. Na opinião de Duhalde, a política econômica adotada no país durante a década de 90 priorizou o setor financeiro em detrimento das empresas.
O presidente também responsabilizou os governos anteriores pela crise que levou ao país a um "banho de sangue", referindo-se às manifestações populares contra o sistema econômico que deixaram 30 mortes. "Acreditamos durante muito tempo que houve só um modelo possível (a paridade), e isso é uma falácia", assegurou.
O presidente pediu aos empresários para que colaborem com o governo não fazendo remarcações excessivas nos preços. O presidente aproveitou para fazer um apelou ao sentimento nacionalista da população e pediu para que priorizem a compra de produtos nacionais, a fim de incentivar a produção e o comércio locais.
"O setor produtivo precisa se desenvolver porque só assim o país progride. As finanças são imprescindíveis, mas vem ficar no lugar que merecem", destacou o presidente.
No entanto, Duhalde fez questão de ressaltar que isso não significa que o país se tornará protecionista. "Todos os países do mundo fazem isso. Não estou falando do velho protecionismo", explicou.
O novo pacote, que deve ser aprovado pelo Congresso argentino ainda neste final de semana, colocará fim na paridade entre o peso e o dólar e vai adotar o câmbio um fixo e um flutuante.
O câmbio duplo tem o objetivo de reduzir os impactos da desvalorização do peso e do fim da paridade entre a moeda argentina e o dólar.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.