Em entrevista publicada pelo jornal Yediot Aharonot, Olmert disse: "Chegaremos a um ponto em que os palestinos serão maioria e cederão seu atual desejo de ter um Estado em troca do direito a voto em Israel. Nesse dia perderemos tudo".

Olmert se referiu ao histórico temor em círculos israelenses de que a população palestina a oeste do rio Jordão, atualmente de aproximadamente 4,5 milhões, fique dentro das fronteiras de Israel, onde vivem 5,4 milhões de judeus no mesmo território.

Essa situação levaria a um Estado binacional, no qual, devido a um maior crescimento natural, a população árabe superaria a judaica em várias décadas.

"Eu sou a favor de um Estado (israelense) no qual haja 80% de judeus e 20% de árabes", explicou o vice-premiê, que atualmente é um dos políticos mais próximos de Sharon e quer chegar à liderança do partido nacionalista Likud com vistas às próximas eleições em 2007.

Olmert também disse que, ao contrário da ultradireita, ele não fala de efetuar uma "transferência em massa" de palestinos para os países árabes vizinhos com o objetivo de salvaguardar a maioria judaica a oeste do rio Jordão.