Economia Titulo Ingresso de capital
Investimento estrangeiro tem aumento de 30,3% no País

Diferente do resto do mundo, o fluxo de investimentos estrangeiros no país subiu em relação ao ano passado

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18/09/2009 | 07:00
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Ao contrário do que aconteceu no resto do mundo, o fluxo de IED (Investimentos Estrangeiros Diretos) para o Brasil aumentou 30,3% em 2008 na comparação com 2007, para US$ 45,1 bilhões, subindo para a 10ª posição. Em 2007, o Brasil ocupava a 14ª posição nesta lista, com investimentos de US$ 34,6 bilhões.

Considerando o mesmo período, a média mundial correspondeu a queda de 14,2%, para US$ 1,697 trilhão. Entre as economias desenvolvidas, o fluxo de investimento teve retração de 29,2%, para US$ 962,3 bilhões.

O crescimento do investimento no Brasil superou a média dos países em desenvolvimento e a dos países da América Latina. Para as economias em desenvolvimento, o fluxo de investimentos aumentou 17,3%, para US$ 620,7 bilhões e, para a América Latina, o crescimento foi de 13,2% para US$ 144,4 bilhões.

A conclusão é do relatório sobre o volume de IED no mundo em 2008, elaborado pela Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica) a partir de dados da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento).

O relatório também aponta que o Brasil se tornou no ano passado a economia mais internacionalizada entre os países do Bric - grupo que inclui Rússia, Índia e China, além do Brasil. Na proporção entre o estoque de IED realizado e o PIB de cada país, o Brasil apresenta a melhor relação, de 18,3%. Foi a primeira vez que o País superou a Rússia na atração de investimentos comparativamente ao seu PIB.

A Rússia, que até então liderava este ranking, recebeu, a título de investimentos, o equivalente a 12,7% do seu produto interno em 2008. Os investimentos na Índia corresponderam à proporção de 9,9% de seu PIB (Produto Interno Bruto) e na China, de 8,7%.

Segundo a Unctad, a média de investimento estrangeiro no mundo em relação ao PIB global é de 26,9%, o que indica que há um potencial de crescimento considerável para o Brasil e os demais Brics. "Nunca a percepção do investidor estrangeiro foi tão positiva em relação ao Brasil quanto agora", avalia o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima.

De acordo com ele, essa melhora na avaliação dos estrangeiros deve-se ao controle da inflação, a política fiscal e, principalmente, o setor externo.




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