Em operação realizada pela Delegacia Seccional de Santo André, que teve início às 6h de ontem, 45 pessoas foram presas até o fechamento desta edição, entre elas Odair Mazaro da Silva, 38 anos, integrante da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). O balanço final da ação, denominada Interdepartamental, será apresentado hoje, já que se estendeu até a 0h. “Esse nome se dá porque a origem dos mandados de prisão vem do Decade (Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas) e tem como foco o tráfico de drogas, além do roubo e furto de veículos”, explicou o delegado titular da Seccional de Santo André, Luiz Carlos do Carmo.

Além do município andreense, participaram da ação as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Silva era tido no PCC como ‘torre’, ou seja, uma peça importante dentro da organização. Ele era responsável pela logística do tráfico de drogas (trazendo os entorpecentes de Peruíbe, no litoral paulista, para o Grande ABC) e pela parte financeira. Silva foi preso em sua residência, na Rua Laplace, no Jardim Santo André, onde também foram apreendidas anotações com a contabilidade da facção. A polícia chegou até o suspeito após prosseguir com as investigações que resultaram, há dois meses, na prisão de outro integrante, apelidado de Zeca. Há averiguação para saber se ambos possuíam pontos de drogas arrendados em Mauá.

BALANÇO

Do total de presos, 20 foram em flagrante; dois recapturados (que estavam foragidos da Justiça); 16 por meio de mandados criminais de prisão e sete por mandados administrativos (pensão alimentícia).

Sete menores de idade foram apreendidos em flagrante e outros dois por mandado.

Das apreensões constaram duas armas, 583 objetos (entre celulares e produtos falsificados), sete veículos (utilizados em crimes ou com alguma irregularidade) e foram recuperados oito carros que haviam sido roubados.

Entre as drogas encontradas estão 532,9 gramas de maconha, 1,3 quilo de cocaína, 70,9 gramas de crack e 10 gramas de outros entorpecentes.

Segundo o delegado, 85% das prisões são de reincidentes. “Essa operação é um trabalho preventivo de polícia especializada, porque é feita investigação bem circunstanciada de cada criminoso que tenha contra si um mandado de prisão. Encarcerando essas pessoas, a gente diminui a criminalidade na região.”