Esportes Titulo Série C
Santo André descarta reforços
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
11/09/2012 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 

T razer técnico até amanhã e nada mais. Essa é a intenção da diretoria do Santo André para as sete rodadas restantes da fase de classificação do Campeonato Brasileiro da Série C. Isso porque, na visão da diretoria, o grupo tem qualidade e capacidade de reverter a situação - o time caiu para a zona de rebaixamento, em nono lugar, após a derrota por 3 a 0 para o Brasiliense, sábado, em pleno Estádio Bruno Daniel. Além disso, o diretor de futebol Sérgio do Prado acredita que trazer jogadores seria ato desleal, apesar de prática recorrente em diversos clubes do País.

"Normalmente, o que se faz no futebol? Se contrata um ou dois e está resolvido o problema. Negativo. Nem passa pela minha cabeça contratar. Seria muito cômodo para mim. Seria até covardia", afirmou o dirigente. "Todos nós aqui somos responsáveis. Se tiver que vir um ou outro atleta para reforçar, aí é diferente, mas transferência de responsabilidade jamais. O problema não é contratação, até porque esse mesmo time frequentou o G-4 (grupo com os quatro primeiros colocados, que garantem a passagem à segunda fase) no começo do campeonato", completou.

O time conquistou apenas um ponto dos 12 que disputou nas quatro últimas rodadas da competição (um empate e três derrotas), despencou na tabela de classificação, mas, independentemente das adversidades, Sérgio do Prado nega que o grupo, a comissão técnica e a diretoria estejam pressionados. "Pressão de quem? Quem tem medo de presão não serve para o futebol."

 

NOVO TÉCNICO

O dirigente se nega a falar ou confirmar nomes de possíveis treinadores, apenas insistiu que trata com três possibilidades para substituir Claudemir Peixoto, a quem tratou de eximir individualmente de qualquer tipo de culpa pelo momento do Ramalhão.

"Existem vários nomes, mas primeiro temos de convencer sobre o que vamos fazer daqui adiante. O nome é consequência. Precisamos de alguém motivador, que eleve o moral, que tenha parte tática muito boa", disse Sérgio do Prado. "Minha cabeça agora é refletir, a comissão (técnica) mudou, precisa também mudar a postura dos jogadores. Não existe um culpado, não é o treinador o culpado, somos nós: atletas, comissão técnica e diretoria", generalizou.

Porém, a troca no comando deu-se na expectativa por reação do grupo, a exemplo do que aconteceu no próprio Grupo B da Série C, com os líderes Macaé e Duque de Caxias, que mudaram seus treinadores. "Os jogadores respondem (à mudança) porque o titular já não sabe mais se é dono da posição, o reserva que estava encostado busca espaço. Então, muda o ambiente", destacou. "O Santo André tem de resgatar aquele sentimento de luta. É inaceitável uma apresentação daquela."

 

ESFARELAMENTO

Sérgio do Prado ainda disse que a alteração de treinador é uma tentativa de melhorar e destacou que não havia mais chance de deixar como estava. "Não iríamos pecar pela omissão. Pela ação, talvez, mas pela omissão nunca. O resultado contra o Brasiliense mostrou o esfarelamento que houve no comando", concluiu.

 




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