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Portaria desmente ministro da Saúde

Rio Grande não pode receber UPA, promessa feita por Padilha a Claudinho

Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
04/09/2012 | 00:33
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Apesar de prometida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no domingo, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) em Rio Grande da Serra não está prevista legalmente na portaria 2.648, de novembro de 2011, que define as diretrizes para implantação do projeto.

Segundo o documento, as UPAs são divididas em três portes, o menor deles para populações de 50 mil a 100 mil habitantes, para atender até 150 pacientes por dia, com dois médicos e sete leitos. Rio Grande, de acordo com dados do IBGE, 45.014 moradores, portanto, tecnicamente inviável para receber o equipamento.

Em regiões e municípios com menos de 50 mil pessoas, em vez da UPA, o governo federal oferece Salas de Estabilização com a presença de um médico generalista e no mínimo dois leitos. A implementação desse equipamento tem regras especificadas na portaria 2.338, de outubro de 2011.

Assim, para concretizar a UPA na cidade, em 2013, como prometido por Alexandre Padilha, teria de haver mudança nas portarias do Ministério da Saúde.

Além de estar fora das normas, uma possível Unidade de Pronto Atendimento 24 horas em Rio Grande da Serra também estaria condicionada à vitória do candidato do PT ao Paço, Claudinho da Geladeira, segundo o ministro Padilha.

O prefeiturável acusou o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) de não buscar recursos junto à União. Padilha fez coro. "Tenho certeza que o Claudinho vai ter orgulho de inaugurar um equipamento que chega para desafogar as demandas de Rio Grande. Além disso, a UPA vai fazer com que o morador não tenha que sair do município para se tratar", disse o ministro no domingo, desconhecendo ou a portaria ou a população da cidade.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior (PT), também esteve em campanha com Claudinho da Geladeira no fim de semana.




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