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O governo acertou

Prorrogação da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para setor de materiais de construção até dezembro de 2013 é boa notícia

Por Cláudio Conz
06/09/2012 | 00:00
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O governo federal acertou na semana passada ao prorrogar a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para nosso setor de materiais de construção até dezembro de 2013. Alguns de nossos pleitos ainda não foram atendidos, mas tivemos novos produtos incluídos na lista, alguns daqueles que solicitamos em reuniões periódicas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O segmento de materiais de construção é um dos mais importantes para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto). O governo sabe que se a construção civil vai bem, o País cresce.

O fato é que nosso setor ainda não teve o desempenho esperado neste ano, aumento de impostos neste cenário pioraria muito a situação. Os produtos sem a desoneração de IPI costumam ficar em média de 5% a 8% mais caros, o que dificultaria a vida de quem quer construir ou reformar.

No mês de agosto, as vendas do setor de material de construção cresceram 1,6% na comparação com julho, mês em que nosso desempenho subiu 7%. Esta desaceleração se deu, em parte, porque o consumidor acabou dando prioridade para outras compras, como da linha branca e de carros, que tinham data próxima para terminar e que também tiveram o benefício do IPI prorrogado. Agora, estamos bastante otimistas, pois acreditamos que o consumidor vá retomar as obras e planejar suas reformas com mais tranquilidade, com a garantia de que os preços não vão aumentar.

Nesta semana, estive com a presidente Dilma na reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) da Presidência da República, órgão do qual também faço parte. A avaliação dos integrantes do conselho ao nosso setor foi de admiração, pois, segundo eles, com muita antecedência nós conseguimos prorrogar a questão do IPI para fim de 2013, enquanto os setores que continuam sendo beneficiados, o têm conseguido perto da data final e sempre por mais alguns poucos meses.

Como contrapartida, o governo espera que o setor possa investir em ações que estimulem o consumo, privilegiando-os com estes benefícios , melhorando não somente a casa como também direcionando novos esforços em conjunto com o governo na área da qualificação profissional, pelo extraordinário potencial que tem o nosso setor na geração de emprego e melhoria da renda.

Com estas medidas, acreditamos num ótimo desempenho do segmento até o fim do ano, com forte retomada de crescimento. Os meses de setembro, outubro e novembro costumam ser um período de aumento de vendas, já que todo mundo quer arrumar a casa para o fim do ano, e tendem a fazer isso antes da época de férias e de chuvas. Vamos aproveitar para reformar a casa?




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