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Metalúrgicos antecipam negociação de cláusula social
Por Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
05/02/2005 | 18:06
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Os metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) já estão negociando as cláusulas sociais da campanha trabalhista de 2005 com o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o sindicato das montadoras.

Entre as principais demandas dos trabalhadores estão a adaptação das estruturas das montadoras para deficientes físicos e uma política de contratação que leve em conta critérios de inclusão racial e de gênero. O objetivo das negociações “adiantadas” é conseguir chegar a melhores resultados até a data-base da categoria, em setembro. A próxima reunião entre trabalhadores e montadoras acontece no dia 17.

Na negociação trabalhista de 2004, os sindicatos – da CUT e da Força Sindical – já tinham conseguido duas cláusulas sociais de destaque: a criação de mecanismos que inibem o uso das horas extras e a fiscalização de direitos trabalhistas de funcionários terceirizados.

Segundo o presidente da FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos), Adi dos Santos Lima, as negociações “ainda estão no começo”. “Teremos até setembro para tentar consenso sobre diferentes pontos, deixando a negociação na data-base voltada mais para os reajustes salariais.”

Lima lembra que a convenção coletiva da categoria não sofre modificações em suas bases há dez anos. “Precisamos renovar nossa convenção, inserindo elementos que reflitam nossa realidade atual”, afirma.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, diz que a negociação ao longo do ano foi definida na convenção coletiva de 2003. “Deixamos em aberto algumas propostas e as montadoras também, e resolvemos discutir isso até 2005. Estamos retomando esse compromisso agora.”

Os resultados nas negociações com as montadoras em 2004 são considerados os melhores dos últimos dez anos pelos sindicalistas. Além das cláusulas sociais, os trabalhadores conseguiram repor a inflação do período acrescida de aumento real de 4%.



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