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Prédio entregue pela Prefeitura corre risco de dano estrutural

Moradores esperam solução para vazamento de esgoto; laudo aponta comprometimento no solo

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
15/09/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Moradores do setor G de um conjunto habitacional entregue pela Prefeitura de São Bernardo há cerca de oito anos, no bairro Parque São Bernardo, reclamam da estrutura falha do prédio e da falta de apoio do poder público, sobretudo para consertar vazamentos de esgoto que acontecem há mais de um ano.

Os condôminos se reúnem mensalmente e pagam pelo desentupimento das redes, principalmente porque temem que as crianças, que brincam na área aberta, possam se contaminar. Os problemas, porém, vão além do cheiro ruim que a população tem de conviver, já que a quantidade de sujeira que sai das paredes está causando rachaduras no muro de contenção e, portanto, gerando a preocupação de possível desbarrancamento de estrutura. Além do vazamento de esgoto, a equipe de reportagem constatou que a moradia carece de manutenção nos pisos e playground – que está com aparelhos quebrados – e pintura.

O Diário ouviu moradores do residencial e teve acesso ao documento de avaliação da Defesa Civil de São Bernardo, assinado por um agente em maio de 2019, no qual a orientação para o problema é de “reconstrução da caixa de esgoto com vazamento causando solapamento de solo junto à lateral do prédio, podendo causar problemas futuros, comprometendo moradia (prédios)”. A Prefeitura, por sua vez, alegou que o local não apresenta qualquer dano estrutural ou risco de desabamento. Em nota, a administração garantiu que as equipes constataram “problemas na calçada e de algumas caixas de passagem de esgoto e águas pluviais, que ocorreram devido aos constantes entupimentos das redes de esgoto condominial que infiltraram no solo”. Informou ainda que foi emitido auto de orientação para manutenção da rede coletora, “cuja responsabilidade é do condomínio”. 

Os moradores não concordam com o posicionamento. Síndica do prédio, a doméstica Joseane Freire da Rocha, 41 anos, garante que espera uma assistência pública. “Há oito anos entregaram os apartamentos e nos largaram aqui, sem qualquer respaldo”, reclamou, afirmando que não acha justo que paguem pelo dano estrutural do que foi entregue pela Prefeitura. 




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