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Bia pede afastamento e Carlos André é novo presidente do Azulão

No dia em que assumiria, dirigente alega problemas pessoais e abre espaço para ex-integrante do corpo jurídico do São Caetano

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
17/12/2019 | 07:00
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Fabrício Cortinove/Divulgaçãi


De maneira surpreendente e inesperada, o São Caetano teve uma mudança de última hora na presidência. Ontem pela manhã, Roberto Campi, o Bia, assumiria o mandato no Azulão, mas, a exemplo do antecessor Nairo Ferreira de Souza, também solicitou afastamento da função – alegando motivos particulares – e, assim, quem repentinamente surgiu no comando do clube foi Carlos André de Freitas Lopes, que nos últimos oito anos desempenhou funções jurídicas no corpo diretivo azulino.

“Também fui pego de surpresa. Sou muito amigo do Bia, o considero muito. Eu fazia parte dos planos da gestão dele, mas acredito que até por tudo o que aconteceu por aqui no fim de semana, ele pensou, refletiu com a família e preferiu cuidar dos problemas particulares”, declarou o novo mandatário do São Caetano.

Os acontecimentos citados por Carlos André ocorreram na sede social do Azulão no sábado, quando a GCM (Guarda Civil Municipal) foi acionada para resolver desentendimentos envolvendo justamente Nairo e outros dirigentes. O ex-presidente, inclusive, chegou a afirmar, em vídeo que circula nas redes sociais, que mexeram em papéis na sua sala. Além disso, as fechaduras das portas foram trocadas.

Voltando ao novo dirigente máximo, Carlos André disse que sua escolha agrada a todos no clube. “Meu nome foi sugerido por ter trânsito livre tanto com o Nairo quanto com o Saul (Klein, investidor e parceiro do clube). Então aceitei o desafio e tenho muito trabalho a fazer”, afirmou ele, reiterando que o ex-herdeiro da Casas Bahia segue junto ao projeto azulino. “Se o Saul não estiver aqui hoje, não tem São Caetano. O clube sempre foi dependente dele e felizmente ele sempre esteve presente, ajudando em todos os sentidos. (O fato de o empresário ter se tornado acionista da Ferroviária) Não muda nada. Estará conosco ajudando a buscar patrocinadores e situações para viabilizar o clube. E, se necessário, possível força em algumas dificuldades”, ressaltou.

O dirigente ainda revelou que o Azulão passará por auditoria no início do ano para “tomar pé da situação”. “Não compactuamos com nada errado. Mas não posso dizer que há algo de errado. E se encontrarmos algo ilegal de qualquer funcionário, vai ter que responder por isso. O clube não pode e não será prejudicado.”

Carlos André ficará na função ao menos até 20 de abril, data que termina o mandato. Mas deixou em aberto concorrer à reeleição. “Nunca se inicia um trabalho pensando em sair. Mas, pelo menos no tempo legal, quero poder ajudar o clube”, decretou. 




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